Um dos maiores nomes do boxe brasileiro de todos os tempos, Éder Jofre visitou a redação da "Folhinha" em 1964.
Na época, ele ensinou posições do boxe, conversou sobre a carreira e tirou foto com Tia Lenita, criadora do caderno.
Éder Jofre é bicampeão mundial de boxe. O primeiro título, em 1960 na categoria peso galo, rendeu o apelido de Galinho de Ouro ao lutador. Em 1973, voltou ao topo com mais um título.
Hoje, prestes a completar 77 anos, Éder não lembra da visita. "Nesses 50 anos, dei tantas entrevistas que não lembro especificamente dessa. Aconteceu muita coisa de lá pra cá", disse por telefone à "Folhinha".
O ex-lutador integra o Hall da Fama de boxe e foi eleito pela revista "Ring" como um dos 100 maiores pugilistas de todos os tempos.
Veja como foi a visita à Folha abaixo.
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Foi com muita satisfação que a FOLHINHA DE S.PAULO recebeu a visita do campeão mundial de boxe, na categoria dos pesos galo, Éder Jofre.
Jofrinho, como é chamado pelos amigos, ganhou o título mundial derrotando o mexicano Eloi Sanches, em combate travado a 18 de novembro de 1960, em Los Angeles. No México, dizem que Éder é "máquina de esmurrar".
Longe de ser um homem assustador (isto ele reserva para quando vai enfrentar o adversário no ringue), Éder Jofre é um rapaz simples, acessível e simpático, que logo foi cercado, aqui na redação, pelos seus admiradores, que são praticamente todos os trabalhadores desta casa.
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| Tia Lenita e A. Carvalhaes observam Éder Jofre fazer uma dedicatória aos leitores da FOLHINHA DE S.PAULO |
Além do mais, Jofrinho é um homem inteligente, que não vive apenas do boxe, esporte cansativo e perigoso. Ele agora tem uma loja de tecidos, que o mantém afastado do ringue há 8 meses.
Éder costuma ser muito bem pago para cada luta. Ele recebe, em média, 100 mil cruzeiros por "round" (que é uma das partes em que se divide a luta, geralmente com 10 ou mais "rounds", para os lutadores poderem descansar um instante).
Está agora com 28 anos e pretende abandonar logo o boxe, mas ainda campeão. Jofrinho nocauteadores da história do pugilismo, jamais foi derrotado nem pretende sê-lo.
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| Dedicatória feita por Éder Jofre em 1964 |