Folha de S. Paulo


Leitora aprendeu a ler com a 'Folhinha'; veja depoimento

A leitora Paula dos Santos Reis tem boas lembranças da "Folhinha". Foi com o caderno que ela aprendeu a reconhecer letras e palavras, quando tinha apenas dois ou três anos de idade.

E não parou mais. Até hoje, aos 28 anos, ainda acompanha a "Folhinha" e, claro, o resto da Folha.

Veja abaixo, na íntegra, o depoimento de Paula. Para enviar também sua história com a "Folhinha" basta mandar um e-mail para folhinha@uol.com.br.

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Desses 50 anos que a "Folhinha" completa em 2013, tenho compartilhado experiências com o caderno há, pelo menos, 25.

Em 2013 completo 28 anos, mas a história da Folha se confunde com minha própria história. Minha família sempre foi formada por leitores assíduos do jornal, e muito antes da minha alfabetização, pegava o jornal e tentava decifrar o enigma daquelas letras todas.

Aos dois ou três anos de idade, já frequentando o maternal de uma escola, meu interesse era sempre pela leitura. Porém, isso se tornou um pequeno problema nessa fase da vida, pois a escola entrou em contato com meus pais pedindo que parassem de ler na minha frente, pois eu estava me auto alfabetizando.

Já conseguia identificar que o meu nome era o feminino do nome do jornal, falava algo assim: "Meu nome é Paula e aqui está escrito Paulo". Por um longo tempo meus pais liam escondidos de mim, para evitar essa estimulação precoce.

Com uns quatro ou cinco anos, um tio-avô (também chamado Paulo), fazia questão de guardar para mim, toda semana, a "Folhinha". Esse foi outro grande fator que me aproximou da leitura do jornal. Quando alfabetizada, a leitura da "Folhinha" se tornou um ritual muito importante, uma deliciosa leitura, que com certeza, com o passar dos anos e, já na adolescência, foi naturalmente me encaminhando para os outros cadernos do jornal, sendo eles "Folhateen", o extinto e saudoso "TV Folha" e a "Ilustrada".

Até chegar nos dias atuais, com meus quase 28 anos e leitora assídua de todos os cadernos do jornal; além de ser admiradora de diversos colunistas, tanto pela bela forma com que cada um consegue expor seus pensamentos, como também pela peculiaridade de cada um --seja com uma pitada de ironia, com muito humor ou com a análise crítica dos fatos do cotidiano.

Hoje em dia, continuo lendo e apreciando as matérias da "Folhinha". Sou psicóloga e gosto de ver como as crianças estão se colocando, o que interessa para elas.

Com isso, é possível perceber, que a responsabilidade do caderno vai muito além do que informar crianças, mas formar leitores, como aconteceu comigo.


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