Folha de S. Paulo


'Folhinha' visitou Museu do Ipiranga há quase 50 anos

Essa semana, foi publicado que os corpos de três pessoas da família real brasileira -- d. Pedro 1º, sua primeira mulher, d. Leopoldina, e a segunda, d. Amélia -- foram exumados. Isso quer dizer que os corpos foram tirados do lugar em que estavam enterrados.

Depois disso, eles passaram por estudos e análises na Faculdade de Medicina da USP.

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capa da Folhinha de 7/3/1965
capa da Folhinha de 7/3/1965

D. Pedro 1º e suas mulheres estavam enterrados no Monumento à Independência, em frente ao Museu Paulista, também conhecido como Museu do Ipiranga, em São Paulo.

O museu completa 118 anos em setembro e tem vários objetos, documentos e obras de arte relacionados à história do Brasil e de São Paulo.

Na edição de 7 de março de 1965, a "Folhinha" visitou o museu para contar algumas curiosidades sobre ele.

No fim do texto, há um convite para que as crianças visitem o lugar. Mas é claro que, quase 50 anos depois, os horários de abertura mudaram. Atualmente, o Museu Paulista abre de terça a domingo, das 9h às 17h.

Leia a íntegra do texto de 1965 abaixo.

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O Museu Paulista, no Ipiranga, vai completar em setembro próximo o seu 70º aniversário de inauguração.

Conforme constam dos documentos, a soberba construção inicialmente destinava-se ao estudo do reino animal e também ao da história da zoologia. Aliás, o Museu teve como primeiro diretor o zoólogo Herman von Ihering.

Quem mandou construir o edifício foi o presidente Bernardino de Campos, em fevereiro de 1984, ocorrendo sua inauguração (parcial) no ano seguinte, exatamente no dia 9 de setembro.

Estou certa de que vocês que estão lendo este modesto trabalhinho já visitaram o belo Museu Paulista. Lá estão raridades, como a cama que pertenceu à Marquesa de Santos, a mesa e a cadeira em que sentou D. Pedro I, a cama em que morreu o padre Feijó, telas de grandes artistas brasileiros como Almeida Junior, Pedro Américo, Benedito Calixto, Oscar Pereira da Silva e outros.

Há também cadeirinhas (meio de transporte), urnas funerárias dos índios, armas, veículos curiosíssimos (como um carro de bombeiro, uma locomotiva e um auto de passeio), armadura de samurai e tantas outras peças.

Há ainda as seções de Numismática (exposição de moedas e medalhas), dos indígenas (máscaras, fotografias, materiais que produzem e de que se utilizam), de Etnografia (ciência que descreve os povos, sua língua, raça, religião etc.).

Acho que o velho e sempre sugestivo Museu Paulista do Ipiranga é lugar para visitar-se periodicamente. Cada sala é uma autêntica lição.

Fechado em 1953 para reformas e reaberto em 1956, o Museu agora pode ser visitado todos os dias, menos às segundas-feiras, das 12 às 17 horas. Soubemos que a frequência é grande durante toda a semana, mas principalmente aos sábados e domingos, que alcança até 5 mil pessoas. Então, vamos ao Ipiranga hoje à tarde?

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Menina vê armadura no Museu Paulista em 1965
Menina vê armadura no Museu Paulista em 1965

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