Folha de S. Paulo


Para jovens músicos, aula só é boa com pautas e instrumentos

Uma coisa é comum entre a moçada que começa cedo a praticar um instrumento: o sentimento de que a escola atrapalha.

"Com as aulas, não dá pra praticar nem um décimo do que eu gostaria", diz o pianista Vitor Zendrom da Cunha, 16.

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Ele afirma que adora estudar matemática e física e que suas médias são quase todas acima de nove, mas que é difícil conciliar.

"Estou perdendo umas duas semanas de aula por causa do festival em Campos. Está bem gostoso", ele diz, rindo. "Gosto do colégio, mas, às vezes, eu vejo como um empecilho."

Maressa Portilho, 18, prima do spalla da orquestra dos bolsistas, é aluna do curso de música da UFRJ. Ela concorda que os estudos atrapalhavam.

"Eu viajava com a orquestra [Sinfônica de Barra Mansa, com a qual tocava], então acabava faltando demais às aulas. Mas, quando ia, era boa aluna."


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