Folha de S. Paulo


Júnior Baiano diz que não tem nada a ver com quadrilha de ingressos

O ex-jogador Júnior Baiano atendeu o celular e, ao saber que falava com um repórter da Folha, tomou a dianteira:

"Não tenho nada a ver com essa porra de ingresso. É sobre isso que você quer falar?"

Sim, era sobre isso.

Nas últimas horas, em plena Copa do Mundo, o ex-zagueiro do Flamengo e da seleção voltou ao noticiário. Na terça-feira (1º), a Polícia do Rio prendeu o franco-argelino Mohamadou Lamine Fofana, apontado como líder de uma quadrilha internacional que promovia a venda ilegal de ingressos da Copa do Mundo.

Em sua passagem pelo Rio, Lamine Fofana estava hospedado em um apartamento de Júnior Baiano na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. "Não fui eu quem alugou o apartamento para ele", ressaltou Júnior Baiano. "Foi minha ex-mulher. Estou separado há três anos!"

Segundo o ex-jogador, um amigo de São Paulo (cujo nome ele preferiu não mencionar) informou à ex-mulher que Lamine Fofana procurava hospedagem nesta Copa do Mundo.

"Eu conheci esse cara [Lamine Fofana] na Copa de 98. Na época, ele falou que trabalhava com futebol, com jogadores e contratos publicitários. Depois disso, passei a encontrá-lo em alguns eventos", explicou.

O ex-jogador disse ter participado de apenas um projeto realizado por Lamine Fofana, em 2011. Foi o amistoso realizado na Chechênia, na Rússia, que contou com a participação de outros ex-jogadores conhecidos, como Romário, Bebeto, Cafu, Raí e Dunga.

O ex-zagueiro sabia que Lamine Fofana estava na cidade, mas não chegou a encontrá-lo nos últimos dias. Disse ainda estar surpreso pelo suposto envolvimento do argelino com a venda ilegal de ingressos.

"Não tenho intimidade com ele. Não tenho nada a ver com ele. Sei quem ele é, mas amigo, amigo, amigo, eu não sou."


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