Folha de S. Paulo


O marfinense: "Os Elefantes aspiram por uma vitória na estreia"

Depois de duas tentativas infrutíferas em 2006 e 2010 quando saíram da competição na primeira rodada, os "Elefantes da Costa do Marfim" vão tentar novo patamar na sua terceira participação no Mundial, no Brasil.

Isto acontece necessariamente com uma vitória contra o Japão neste sábado (14/6), às 22h. Uma pressão extra para Sabri Lamouchi e seu grupo? Sim, pois todos os marfineses esperam que esta seleção justifique o status de melhor nação africana (perdido antes do começo desta Copa).

Invicta durante as eliminatórias deste mundial brasileiro, a Costa do Marfim é vista como a representante africana com o maior potencial para ultrapassar a primeira fase. Mas entre o prognóstico e a realidade, existe um passo que será necessário ultrapassar. Pois, contrariamente ao que alguns podem pensar, o Japão pode ser tudo, menos um coadjuvante.

Primeira nação a se classificar para esta competição em casa no dia 4/6/2013, depois de um empate contra a Austrália (1-1), o Japão passou por duas oitavas de final em 2002 e 2010.

Treinados pelo italiano Alberto Zaccheroni, os japonoses têm argumentos sólidos para prestar atenção, como Shinji Okazaki, Shinji Kakawa, Keiseku Honda, Yasuhito Endo, Yuto Nagatomo e Yoshito Okubo.

O treinador da seleção marfinense, o francês Sabri Lamouchi, sabe disso e ele não está desinformado já que estudou muito sobre a equipe a ser enfrentada, notadamente em relação à sua vivacidade e suas combinações super rápidas das quais Shinji Kagawa é seu representante.

O técnico dos Elefantes pôde usar o encontro entre Japão e Zâmbia para preparar sua estratégia. Evidentemente, ele não deverá variar muito nas suas escolhas táticas.

Lamouchi vai prorrogar o seu tradicional 4-3-3 tendo como goleiro Copa Barry. Na defesa, Serge Aurrier (lateral direito), Boka Arthur (lateral esquerdo), Bamba Souleymann e Kolo Touré (zagueiro central) poderão ter a sua preferência.

No meio de campo, Serey Dié vai certamente ser associado a Tioté Cheick e Salomon Kalou (no caso de Yaya ser cortado). O ataque de três cabeças será composto de Drogba, Gervinho e Max Gradel ou Sio Giovani.

Se essa composição demonstra uma postura confiante, ela deve prestar atenção no plano defensivo pois é este setor que mostra menos segurança. Ora, com os japoneses rápidos e maliciosos, haverá necessidade de ser vigilante pois a menor falha se pagará à vista.

Os Elefantes estão prevenidos. Não será um jogo prazeroso. Longe disso. Mas a vitória não é impossível. É preciso acreditar nisso...

Tradução: Giovanna Salerno

Editoria de Arte/Folhapress

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