Folha de S. Paulo


Astros mudam futebol com seu estilo e consagram suas gerações

Chile, 1962. O Brasil chegava para defender seu título. No time, o mais novo gênio do futebol, que já começava a ser chamado de rei.

Mas o show de Pelé durou só dois jogos. Contra a Tchecoslováquia, ele se machucou. Estava fora do Mundial.

Para muitos times, perder seu principal craque poderia ser o fim do sonho. Mas o Brasil tinha outra carta: Garrincha. E com as jogadas magníficas de Mané, levou o bi.

Como no Chile, as seleções campeãs das Copas de 1958 a 1974 brindaram o mundo com um desfile de alguns dos maiores craques da história.

O primeiro deles, na Suécia, tinha apenas 17 anos quando encantou a todos.

Editoria de Arte/Folhapress

Pelé comandou o primeiro título do Brasil com direito a dois gols na final, um deles com chapéu no rival: 5 a 2 sobre a Suécia. Foi chamado de rei pela imprensa francesa.

No Mundial de 62, foi a vez de Garrincha. O mundo não viu sua dupla dos sonhos com Pelé, mas assistiu ao atacante, com febre, comandar os 3 a 1 da final ante os tchecos.

A Copa-1966 foi a redenção de outro astro. Com seus chutes e lançamentos precisos, Bobby Charlton levou os ingleses, precursores do futebol, a seu primeiro título.

Foi o coroamento de uma carreira quase destruída por uma tragédia. Em 1958, aos 20 anos, ele sobreviveu ao desastre com o avião que levava o time do Manchester United e deixou 21 mortos.

Quatro anos depois, Pelé levou o Brasil ao tri e tomou posse de vez do apelido de rei.

Em 1974, foi, enfim, a vez de Franz Beckenbauer, que já imprimia seu estilo à seleção alemã havia duas Copas. Como meia avançado, foi à final 1966 e à semi em 1970. Como líbero, atingiu o ápice em casa ao bater a "Laranja Mecânica" holandesa na decisão.


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