A Defesa Civil esteve no Itaquerão, na manhã desta segunda-feira, para acompanhar a retomada das obras no estádio que vai abrigar o jogo de abertura da Copa do Mundo.
"É uma visita de rotina. Viemos acompanhar o trabalho. Tudo está sendo feito de acordo com o que prescrevemos anteriormente. Agora temos que aguardar", disse Jair Paca de Lima, coordenador da Defesa Civil.
De acordo com a Odebrecht, empresa responsável pela obra, o cronograma segue normalmente em todos os prédios, exceto em 30% da área do prédio leste (equivalente a menos de 5% da obra) --local onde a última peça da cobertura desabou de um guindaste e destruiu parte da arquibancada na última quarta-feira.
Na quinta, o Ministério do Trabalho e Emprego interditou o uso de guindastes na obra.
A Odebrecht vai precisar agora se livrar da interdição da Defesa Civil e do Ministério do Trabalho. A empresa terá que apresentar um termo de sete itens para a liberação.
Para cada item, a construtura terá que mostrar uma série de documentos, como por exemplo comprovar que equipamentos e peças passaram por manutenção e que os trabalhadores receberam treinamento adequado.
Depois de apresentar todos os documentos, os fiscais farão uma nova vistoria nas obras e, se tudo estiver de acordo com as normas, eles poderão emitir um termo de suspensão da interdição do local onde aconteceu o acidente.
A estimativa do Corinthians é que o estádio, que deveria ser concluído no final deste mês, seja entregue no final de janeiro ou início de fevereiro. "Vai atrasar uns 30 dias", afirmou Roberto de Andrade, diretor de futebol corintiano.
A Odebrecht, porém, ainda não se manifestou sobre as folgas do fim de ano. Em outubro, a construtora anunciou que haveria um recesso do dia 20 de dezembro ao dia 2 de janeiro. Alguns operários afirmaram já ter viagens marcadas.