O presidente da CBF, José Maria Marin, disse nesta terça-feira que não dá por encerrado o caso Diego Costa, que segundo a federação espanhola decidiu jogar pela Espanha e não pela seleção brasileira.
"A CBF sempre foi favorável a vinda do jogador. Estive em contato direto com a federação espanhola e disse do nosso interesse de ter o jogador. Lógico que entendo a palavra do jogador, parece que decidiu, mas isso não encerra o caso. Vamos até o fim", disse Marin durante lançamento do catálogo final dos CTs oferecidos para as seleções durante a Copa-2014, em São Paulo.
A CBF também comunicou que o atacante foi desconvocado dos próximos amistosos da seleção brasileira, para os quais havia sido chamado.
Na próxima segunda-feira, Marin se reunirá com o departamento jurídico da CBF para saber qual atitude vai tomar. A entidade não descarta reclamar formalmente na Fifa. "Não podemos deixar abrir a porteira", afirmou o presidente da entidade.
A preocupação da CBF não é com Diego Costa, mas abrir o precedente e perder mais atletas.
Ao seu lado, no evento, o coordenador-técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, disse que discordava da posição de Marin e que, se o jogador quiser atuar pela Espanha, deve ter a posição respeitada.
"Ele está em um bom momento, por isso o chamamos. Convocamos para os amistosos com antecedência, por questões burocráticas. Mas prevalece a opinião do jogador se quiser jogar pela Espanha", disse Parreira.
Já o técnico Luiz Felipe Scolari atacou o atacante através do site da CBF. "Um jogador brasileiro que se recusa a vestir a camisa da seleção brasileira e a disputar uma Copa no seu país só pode estar automaticamente desconvocado. Ele está dando as costas para um sonho de milhões, o de representar a nossa seleção pentacampeã em uma Copa do Mundo no Brasil", afirmou.
A seleção faz dois amistosos em novembro, contra Honduras dia 16 (em Miami) e Chile, dia 19, (em Toronto), e Diego Costa estava convocado.
A CBF pode acionar a Fifa, já que enviou documentação que o jogador defendeu o Brasil em amistoso, em março, contra a Rússia. A entidade ainda não se posicionou sobre o caso.