Folha de S. Paulo


Fifa se diz surpresa com o tamanho das manifestações no Brasil

A Fifa afirmou na manhã desta sexta-feira estar surpresa com a dimensão tomada pelos protestos no país. Mas buscou a todo momento dissociar as manifestações da entidade e da Copa das Confederações.

"Ninguém, nem a mídia, nem o Comitê Organizador Local, nem a Fifa esperavam algo como isso", disse o porta-voz da entidade, Pekka Odriosola.

Apesar da Fifa estar presente em diversos cartazes de manifestantes --como "Quero hospital padrão Fifa""-- e de haver críticas no alto investimento na competição --com gritos como "Da copa eu abro mão, por mais dinheiro para saúde e educação"-- a entidade buscou se dissociar das insatisfações.

"A competição está acontecendo. Em todas as nossas pesquisas há apoio da população para o país sediar a Copa. A Copa é benéfica para catalisar investimentos", disse o diretor de comunicação do COL, Saint-Clair Milesi. A última pesquisa foi feita em março.

Odriozola minimizou também o fato de ônibus e o hotel usado pela delegação da Fifa em Salvador ter sido ontem alvo de pedras.

"O ônibus estava vazio. Outros carros também foram atacados", disse o porta-voz da Fifa.

Ele negou ainda que o presidente da Fifa, Joseph Blatter tenha saído do país em razão das manifestações. Ele foi à "[Turquia para o Mundial Sub-20", apesar de ter encontros marcados com governadores do Nordeste.

O porta-voz não confirmou os encontros e disse que Blatter retorna no dia 26. "A agenda do presidente muda constantemente".


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