Folha de S. Paulo


Bares piratas em casas burlam restrição da Fifa

A Fifa credencia pessoas para vender produtos dos patrocinadores nos acessos aos estádios ­ --cerveja, água, refrigerante, entre outros. Elas pagam R$ 60 de taxa, mas nesta quarta-feira, antes de Brasil x México, no Castelão, eles precisavam concorrer contra vendedores informais.

Bares adaptados em casas vendiam cerveja na rua Alberto Craveiro, uma das principais vias ao estádio, a preços menores do que nas barracas oficiais da Fifa --isso dentro do raio de 2km que a entidade fecha, ao redor do estádio, para proteger seus patrocinadores.

"E para piorar, ainda recebemos nossas bebidas mais de uma e meia da tarde e quente. O combinado era receber até o meio-dia e gelada", disse uma das vendedoras oficiais da Fifa, que pediu para não ser identificada.

O protesto que ocorre desde a amanhã desta quarta em Fortaleza foi o motivo alegado para a demora na entrega. A principal via de acesso do centro e das praias de Fortaleza ao estádio está fechada.

O acesso era facilitado para ambulantes. Um menino, de não mais do que dez anos, andava debaixo do sol bem próximo aos portões de entrada do Castelão vendendo sorvetes.

A Fifa coloca alguns de seus voluntários em um departamento chamado proteção às marcas, justamente para andar ao redor do estádio identificando vendedores informais ou o chamado marketing de emboscada - quando uma empresa discretamente faz propaganda em áreas reservadas à Fifa. A prefeitura das cidades-sedes também fazem a fiscalização.

O preço dos produtos vendidos por ambulantes oficiais: água R$ 2, refrigerante R$ 2,50 e cerveja R$ 3.

O valor nos bares piratas: água R$ 1,50, refrigerante R$ 2, cerveja duas por R$ 5.


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