Folha de S. Paulo


Nigéria evita falar da greve e admite cansaço

Sem querer falar muito sobre a decisão dos jogadores da Nigéria de fazer greve contra a redução do bônus por vitórias e empates, o treinador Stephen Keshi, afirmou não ter ficado "chateado" com a decisão dos atletas. Ele, contudo, disse que o time chegou "cansado".

A greve do time atrasou em dois dias a chegada da Nigéria a Belo Horizonte. A seleção chegou ao hotel às 3h deste domingo e fez apenas um treino de reconhecimento do gramado no final da tarde. Às 16h desta segunda-feira o time entra em campo para enfrentar o Taiti.

"Não posso dizer que estou chateado, foi uma decisão deles [jogadores], mas todos nós estamos aqui para orgulhar a África", disse Keshi, acrescentando em seguida: "Estamos preocupados com o cansaço".

Jogador mais experiente da seleção que disputa a Copa das Confederações, o goleiro Vincent Enyeama, 30, disse que os jogadores não querem falar sobre isso "agora". "Isso já ficou para trás, agora tudo está bem".

O treinador pediu respeito à seleção amadora do Taiti, sobre quem disse não saber nada. "Não tem nenhuma seleção fraca. Todos que estão aqui precisam ser respeitados", afirmou ele, que também não pensa em goleada: "É muito difícil fazer muitos gols no futebol".

Ao ser informado que o treinador do Taiti afirmara que a seleção da Oceania será um leão dentro de campo hoje, o técnico nigeriano disse: "Que venha o leão, seremos um tigre. Talvez o gramado [do Mineirão] é que não vai gostar", disse.

Eitan Abramovich/AFP
Jogadores nigerianos durante treino no Mineirão
Jogadores nigerianos durante treino no Mineirão

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