Folha de S. Paulo


Com público de 72 mil, Maracanã tem filas e cadeiras interditadas por falta de visibilidade

"Domingo / eu vou ao Maracanã / vou torcer pro time que sou fã". Após uma reforma que o deixou fechado por anos, neste domingo, o estádio do Maracanã voltou a ouvir seu hino informal cantado por boa parte dos 72.163 torcedores que foram assistir à vitória da Itália sobre o México.

Com 80% dos ingressos vendidos para moradores do Rio, o estádio teve coros em homenagem ao Flamengo e ao Fluminense, e uma divisão meio a meio em termos de apoio às seleções em campo.

O time do México foi o primeiro a ouvir o apoio dos torcedores, mas foi o italiano Pirlo o primeiro jogador a ter seu nome gritado, quando foi bater a falta que resultaria na abertura do placar pela Itália.

Além do meia, que fazia seu 100º jogo pela Azzurra, apenas o polêmico atacante Mario Balotelli teve vez no coro da torcida --inicialmente xingado, depois de reclamar acintosamente de um lance em que teria sofrido falta (não marcada), ele foi aclamado ao marcar o gol que deu a vitória a seu time.

O grande número de torcedores (cerca de 6.000 a mais do que no jogo de reabertura, entre Brasil e Inglaterra) gerou filas nos banheiros e nas lanchonetes, principalmente antes do início da partida e no intervalo, atrapalhando a circulação nos anéis do estádio. Não houve sinais de tumulto, no entanto.

A entrada para o setor das cadeiras inferiores estava concentrada em poucos túneis de acesso, o que também dificultou a circulação. Uma vez vencida essa etapa, chegar até o assento também exigia alguma paciência e a colaboração de quem estava sentado, que precisava se levantar para que as pessoas pudessem passar.

Nos setores mais caros do estádio, as cadeiras mais próximas do campo estavam interditadas e não foram vendidas --as placas de publicidade impediam a visão do campo.


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