| Martin Acosta - 21.nov.12/Reuters |
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| O técnico Mano Menezes |
O ex-técnico da seleção brasileira Mano Menezes disse, em entrevista ao programa "Bola da Vez", da ESPN Brasil, que foi demitido do cargo porque o presidente da CBF, José Maria Marin, queria "se proteger" com os campeões mundiais Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira.
"Ficou o sentimento de "logo agora?". Pra mim, técnico de futebol é um cargo de confiança. A maneira como foi feita? Cabe a cada um. Procurei ser muito correto com o que penso sobre a seleção", disse Mano na gravação do programa na segunda-feira. "A mim não surpreendeu a demissão da seleção. Ele [Marin] optou por uma segurança maior para se proteger, trazendo dois ex-campeões mundiais. Procuro esperar das pessoas exatamente o que elas podem me dar".
No programa que vai ao ar na noite desta terça-feira, o treinador também disse que está mais distante de Felipão, atual técnico do Brasil, mas que, quando saiu, no fim do ano passado, deixou todas informações e análises disponíveis para seu sucessor.
"Tomei a iniciativa de pegar todos os dados de que dispunha [análise de desempenho dos atletas, convocações, números, etc.] e entreguei pessoalmente ao [coordenador] Parreira. Acho que é assim que deve funcionar. Os estágios são totalmente diferentes agora e quando meu trabalho começou. Fico contente com a confirmação de 95% da base ou mais. Filipe Luis e Dante são os únicos que eu nunca havia convocados. Essa é a confirmação de que os nomes eram esses", afirmou Mano, que também comentou sobre seu relacionamento com Felipão.
"A gente já esteve mais próximo, embora nunca tenhamos sido amigos, mas hoje estamos mais distantes. E não é por causa do Felipão. O Felipão foi muito importante no início da minha carreira, no Grêmio, pois me ajudou muito. Ele inclusive me ajudou a conseguir o empréstimo do Diego Souza pelo Grêmio, junto ao Benfica, quando fui pessoalmente a Portugal falar com o presidente do Benfica".
Já houve especulações de que o ex-treinador corintiano pode assumir um clube no segundo semestre, mas Mano não confirmou nenhum acordo.