Folha de S. Paulo


Manifestantes protestam contra concessão do Maracanã

Um grupo de cerca de 50 manifestantes protestam na manhã desta quinta-feira em frente ao Palácio Guanabara contra a concessão do Maracanã.

Erguido por mais de R$ 1 bilhão, o estádio será sede da final da Copa do Mundo.

Às 10h, a Secretaria Estadual da Casa Civil vai abrir os envelopes da última fase do processo de licitação do estádio.

Com bandeiras com a inscrição "O Maraca é nosso", os integrantes do Comitê Popular da Copa usavam máscaras com o rosto do empresário Eike Batista, do governador do Rio, Sérgio Cabral e do prefeito da capital Eduardo Paes. Uma das empresas do grupo de Eike participa da concorrência.

O protesto engarrafou a rua Pinheiro Machado, em Laranjeiras.

O consórcio formado pela Odebrecht, IMX, de Eike Batista, e AEG já havia obtido a melhor nota após apresentar as propostas econômicas e técnicas.

O grupo ficou em primeiro lugar com nota final de 98,26 pontos. Em segundo lugar, ficou o Consórcio Complexo Esportivo e Cultural do Rio de Janeiro (OAS, Stadion Amsterdam e Lagardère) com nota final de 94,4624 pontos.

O grupo vencedor ofereceu R$ 5,5 milhões por ano como outorga para exploração do estádio.

O valor superou o da única concorrente na disputa, que apresentou proposta de R$ 4,7 milhões de outorga anual.

O valor mínimo exigido pelo Estado era de R$ 4,5 milhões por ano. Além dos pagamento de 33 parcelas do valor, a vencedora da disputa terá de executar obras estimadas em R$ 594 milhões.


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