Sem portões, roletas e muros. Este é o cenário do inacabado novo Maracanã, que vai ser reaberto neste sábado depois de dois anos e sete meses fechado para reformas.
Palco da final da Copa do Mundo de 2014, o mais tradicional estádio do país abrigará o primeiro evento-teste às 19h, só para convidados.
Por causa do atraso na obra --97% está concluída, segundo o governo do Rio--, a nova arena abrigará só 25 mil pessoas (a maioria delas operários) e não contará no gramado com os grandes times do Rio. Na Copa, receberá até 78 mil torcedores.
Era possível na sexta-feira comprar os convites nos arredores da arena. De tarde, operários ofereciam cada ingresso por, no mínimo, R$ 30.
Em campo, Ronaldo e Bebeto pisarão pela primeira vez no gramado. O duelo será entre amigos dos ex-atacantes. Os dois integram a cúpula do COL (Comitê Organizador Local). Crítico da Copa, Romário estará fora do jogo. Artilheiro do Maracanã, Zico também não estará presente.
O estádio consumiu pouco menos de R$ 850 milhões de dinheiro público. A presidente Dilma Rousseff dará o pontapé inicial e assistirá ao jogo na tribuna, ao lado de políticos.
O presidente da CBF, José Maria Marin, que está em conflito com o governo federal, não irá ao estádio. Ele alegou problemas familiares.
Na sexta-feira, funcionários trabalhavam no canteiro. Os operários não conseguiram completar o muro da arena. Bilheterias, roletas e portões não foram instalados. Hoje, só duas entradas funcionarão.
OUTRO LADO
Em nota, o governo do Estado reafirmou que trata-se de um evento-teste, e não da reabertura do estádio. "Apenas 30% da capacidade do Maracanã será utilizada, e, portanto, é natural que ainda haja obras no entorno do estádio. O Maracanã será entregue totalmente pronto na data estabelecida pela Fifa: 24 de maio", diz o texto.