Folha de S. Paulo


De saída da Conmebol, Leoz tem dificuldade até para subir escadas

O Paraguai Nicolas Leoz, 84, deixou seu cargo no comitê-executivo da Fifa e, na semana que vem, deve sair também da presidência da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), que ocupa desde 1986.

O cartola está envolvido no caso ISL, que deve ter seu relatório final publicado nos próximos dias, como informa a Folha em sua edição de quarta-feira. O dirigente alegou problemas de saúde para renunciar.

Aparentemente, o paraguaio já não tinha mesmo condições de continuar no comando do futebol sul-americano.

Jorge Adorno/Reuters
Da direita para a esquerda: Nicolas Leoz, José Maria Marina e and Marco Polo Del Nero
Da direita para a esquerda: Nicolas Leoz, José Maria Marina e and Marco Polo Del Nero

Bolívia e Brasil se enfrentaram numa tarde calorenta em Santa Cruz de la Sierra, no dia 6 de abril.

Enquanto dirigentes e políticos dos dois países ocupavam um confortável camarote do estádio Ramón Tahuichi Aguilera, Leoz se abanava na beira do campo.

O único elevador que dava acesso aos camarotes estava quebrado, e o presidente da Conmebol não teve condições físicas de subir as escada --como fizeram, por exemplo, José Maria Marin, presidente da CBF, e Evo Morales, presidente da Bolívia.

Ficou na beira do campo, sentado numa incômoda cadeira de plástico, ao lado de seu inseparável assessor.

O mesmo que, no véspera, havia impedido fisicamente a Folha de abordar Leoz para uma tentativa de entrevista --ele ficou parado na frente do repórter, enquanto o dirigente se afastava fingindo que não ouvia as perguntas.

Naquela semana foi possível notar como Leoz tem dificuldade para se locomover e até mesmo para se alimentar. Seu assessor tinha que praticamente liquefazer a comida antes que o dirigente se servisse.


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