Por meio de um porta-voz, a Federação de Ginástica dos Estados Unidos (USA Gymnastics) confirmou nesta sexta-feira (26) que todos os remanescentes da atual diretoria irão entregar os seus cargos por conta da condenação de Larry Nassar, ex-médico da entidade, por abuso sexual.
A saída dos dirigentes foi uma exigência do Comitê Olímpico do país (USOC). Caso não fosse acatada, a USA Gymnastics perderia a autonomia para comandar a modalidade no país. A informação foi publicada pela agência de notícias Reuters.
"A federação cumprirá o pedido feito pelo USOC", afirmou a porta-voz Leslie King.
Na última quarta (24), Nassar recebeu sentença de 40 a 175 anos na prisão pela acusação de abusar sexualmente de mais de 150 meninas e mulheres. Ele já havia sido condenado a 60 anos de cadeia por pornografia infantil, no fim do ano passado.
No dia seguinte, o USOC solicitou, em carta aberta, que a diretoria da Federação de Ginástica dos EUA passasse por um processo de renovação. Também foi aberta uma investigação para entender como Nassar passou 20 anos ligado à entidade sem que os crimes fossem descobertos.
O escândalo também derrubou funcionários na Universidade de Michigan, onde o médico trabalhou. A reitora da instituição, Lou Anna Simon, e o diretor esportivo, Mark Hollis, anunciaram as suas saídas.