Folha de S. Paulo


Cúpula da ginástica nos EUA se demite após condenação de médico por abuso

Brendan McDermid/Reuters
Prosecutor Angela Povilaitis speaks at the sentencing hearing for Larry Nassar,a former team USA Gymnastics doctor who pleaded guilty in November 2017 to sexual assault charges, in Lansing, Michigan, U.S., January 24, 2018. REUTERS/Brendan McDermid ORG XMIT: NYK327
O médico Larry Nassar durante a audiência em que foi condenado por abusar sexualmente de ginastas

Por meio de um porta-voz, a Federação de Ginástica dos Estados Unidos (USA Gymnastics) confirmou nesta sexta-feira (26) que todos os remanescentes da atual diretoria irão entregar os seus cargos por conta da condenação de Larry Nassar, ex-médico da entidade, por abuso sexual.

A saída dos dirigentes foi uma exigência do Comitê Olímpico do país (USOC). Caso não fosse acatada, a USA Gymnastics perderia a autonomia para comandar a modalidade no país. A informação foi publicada pela agência de notícias Reuters.

"A federação cumprirá o pedido feito pelo USOC", afirmou a porta-voz Leslie King.

Na última quarta (24), Nassar recebeu sentença de 40 a 175 anos na prisão pela acusação de abusar sexualmente de mais de 150 meninas e mulheres. Ele já havia sido condenado a 60 anos de cadeia por pornografia infantil, no fim do ano passado.

No dia seguinte, o USOC solicitou, em carta aberta, que a diretoria da Federação de Ginástica dos EUA passasse por um processo de renovação. Também foi aberta uma investigação para entender como Nassar passou 20 anos ligado à entidade sem que os crimes fossem descobertos.

O escândalo também derrubou funcionários na Universidade de Michigan, onde o médico trabalhou. A reitora da instituição, Lou Anna Simon, e o diretor esportivo, Mark Hollis, anunciaram as suas saídas.


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