O presidente do Santos, Modesto Roma Júnior, tratou pela primeira vez da demissão do técnico Levir Culpi, no último sábado (28), após derrota por 2 a 1 para o São Paulo, no Pacaembu. O dirigente disse que a decisão foi tomada "na hora certa" e descartou que o ex-jogador Elano tenha chance de ser efetivado como comandante da equipe em 2018.
"Eu não me arrependo e acho que as coisas precisam ter uma maturação. Foi feita essa maturação. A questão não é resultado, é toda uma contingência que leva a isso. O momento para a demissão era esse. Algumas pessoas acharam que era antes, como isso é recorrente ao futebol", disse Roma Júnior, em entrevista ao canal Fox Sports, neste domingo (29).
"A decisão é um conjunto de situações. Temos que analisar tudo quando precisamos tomar uma decisão. Ela não é emocional, mas baseada em fatos. Conversei com o Levir depois do jogo e entendemos que era o momento de encerrar o ciclo", afirmou.
O presidente disse que Elano fará o planejamento de montagem da equipe para o próximo ano, mas não será efetivado.
"O Elano vai assumir a responsabilidade até o final do ano. O planejamento de 2018 está mantido. Neste momento, o grupo está bem servido com o Elano. Na comissão técnica ele fica. Será em 2018 que ele fará a formação dele, em que irá tirar todas as licenças que passam a ser obrigatórias [para ser técnico] em 2019", disse o presidente.
Roma Júnior disse não descartar um técnico estrangeiro para o Santos em 2018. "Não temos muitos nomes no mercado. Precisamos definir. Estamos pensando nas possibilidades, mas temos algum tempo para refletir e decidir quem vai assumir em 2018. Não sei por que [um estrangeiro] não possa fazer parte dos planos. Dentro das condições e possibilidades, pode ser. Não tem nenhuma restrição à nacionalidade."
DESPEDIDA
Levir Culpi escreveu em seu Facebook uma postagem para se despedir dos torcedores e do elenco do Santos. "Meus amigos. Recebi um telefonema do presidente Modesto Roma. Sempre foi um cara simpático comigo, enfim: "Levir você está demitido", disse o técnico.
"Quero agradecer a oportunidade de trabalhar no time do Pelé. Quando disse que estava feliz com um contrato de seis meses, estava certo, concordam? Quero deixar um abraço aos funcionários do Santos, à comissão técnica e um especial aos atletas. Aprendemos muito em pouco tempo. Um abraço nos torcedores que comemoraram as vitórias e choraram conosco nas derrotas. Vida que segue, felicidades para todos."