O balanço financeiro de 2017 do Santos recebeu em setembro uma generosa quantia, que não constava em seu planejamento inicial. Em valor correspondente à contratação de Neymar, o Paris Saint-Germain teve de pagar ao clube brasileiro cerca de R$ 34 milhões, como taxa pela formação do atleta.
Parte dos 222 milhões de euros (R$ 846 milhões) que o clube francês concordou em pagar ao Barcelona foram direcionados ao Santos, clube formador, seguindo mecanismo obrigatório da Fifa (Federação Internacional de Futebol).
O valor recebida corresponde a cerca de 4% do dinheiro gasto na contratação mais cara da história do futebol.
Esse aporte vem em hora oportuna. O Santos corria risco de fechar a temporada com as contas no vermelho. Agora, a tendência é que o balanço seja positivo.
Para receber toda a quantia estipulada pela Fifa, o clube paulista, aliás, teve de provar que Neymar foi seu atleta desde os 12 anos.
A legislação brasileira só permite que um clube registre um jogador a partir dos 14. Para isso, foram usadas súmulas de jogos de campeonatos de base e comprovantes de ajuda de custos à família do atacante, que incluem até alugueis de imóveis.
A indenização da Fifa no mecanismo de solidariedade possui pesos diferentes: 0,25% para cada um dos quatro primeiros anos (entre os 12 e os 15) e 0,5% nos anos seguintes (entre 16 e 21).