Folha de S. Paulo


Para cariocas, Olimpíada trouxe mais prejuízos do que benefícios

Os moradores da cidade do Rio de Janeiro avaliam que a realização dos Jogos Olímpicos de 2016 trouxe mais prejuízos do que benefícios para eles e para os demais cariocas.

Segundo pesquisa Datafolha realizada entre os dias 3 e 4 de outubro com 812 entrevistados com 16 anos ou mais, a maioria (70%) disse que o evento teve como consequência mais prejuízos do que benefícios para os moradores da cidade. A margem de erro do estudo é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos.

Uma parcela de 24% dos entrevistados afirmou que o evento trouxe mais benefícios. Preferiram não opinar 10% das pessoas entrevistadas.

O resultado é o inverso do registrado em pesquisa de agosto de 2014, dois anos antes da realização dos Jogos. Na época, 34% acreditavam que a Olimpíada resultaria em mais prejuízos. Para a maioria (57%), porém, os Jogos trariam mais benefícios para os moradores da cidade.

A realização da Olimpíada custou mais de R$ 40 bilhões, entre investimentos feitos pela iniciativa privada, governo federal, Prefeitura do Rio e governo do Estado.

O evento foi realizado entre os meses de agosto e setembro de 2016, quando houve o encerramentos dos Jogos Paraolímpicos, no Maracanã.

Mais de um ano depois dos Jogos, o Comitê Organizador deve mais de R$ 110 milhões.

O legado dos jogos - Maioria dos cariocas acredita que evento trouxe mais prejuízos do que benefícios

O resultado da pesquisa de 2017 mostra que os moradores da cidade também acreditam que o impacto dos Jogos nas suas vidas foi ruim. A maioria (65%) afirmou que o evento trouxe mais prejuízos do que benefícios para eles. Uma parcela de 24% diverge e acredita que teve benefícios com a Olimpíada.

A avaliação do impacto positivo do evento nas suas vidas é maior entre os mais escolarizados. Para 30% deles, a Olimpíada melhorou as suas vidas. Entre os que têm ensino médio, 23% acreditam que tiveram melhoras pessoais com os Jogos de 2016.

A enquete foi realizada no início deste mês, antes da prisão do presidente do Comitê Organizador dos Jogos, Carlos Arthur Nuzman, que ocorreu no dia 5 de outubro.


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