Folha de S. Paulo


Sem parceiro na seleção, Messi vive risco de perder Copa do Mundo

Victor R. Caivano/Associated Press
Argentina's Lionel Messi walks on the pitch in disbelief after a World Cup qualifying soccer match against Peru, at La Bombonera stadium in Buenos Aires, Argentina, Thursday, Oct. 5, 2017. Argentina played Peru to a 0-0 draw leaving them with little possibility to make it to the World Cup in Russia. (AP Photo/Victor R. Caivano) ORG XMIT: VC129
Messi lamenta chance perdida no jogo contra o Peru, na Bombonera, pelas eliminatórias

Sem gols, é muito possível que a Argentina fique fora da Copa do Mundo pela primeira vez desde 1970. A equipe precisa marcar nesta terça (10), às 20h30, em Quito, contra o Equador.

Este tem sido o grande problema da seleção: Messi não tem parceiros fixos no ataque para jogar.

Desde o início das eliminatórias, já foram usados 11 atacantes ao lado do astro do Barcelona. Nenhum teve sucesso.

Diante do Equador, Darío Benedetto, artilheiro do Boca Juniors, será titular, como já havia acontecido no empate em 0 a 0 com o Peru, na última quinta (5).

Messi teve de jogar no ataque, além de Benedetto, com Tevez, Lavezzi, Correa, Aguero, Lamela, Dybala, Higuaín, Pratto, Alario e Icardi.

O valor de mercado das últimas negociações envolvendo esses 11 atacantes chega a R$ 1,7 bilhão.

Com uma vitória, a Argentina garante pelo menos o quinto lugar, o que dá a chance de se classificar para a repescagem, contra a Nova Zelândia.

(fo1c)..
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Vencer pode significar a classificação direta para a Copa do Mundo se Peru e Colômbia empatarem ou o Brasil não perder para o Chile.

Se conquistar apenas um ponto, a Argentina poderá entrar na repescagem caso o Paraguai não derrote a Venezuela, em casa, e a Colômbia ganhe do Peru, em Lima.

"O treinador tem de fazer os jogadores acreditarem no que ele diz. Que aquele esquema tático para o ataque é o melhor. O atual técnico da Argentina [Jorge Sampaoli] consegue isso? Vamos ver", afirma Carlos Bilardo, que comandou a seleção no título mundial de 1986 e no vice quatro anos depois.

Em 17 jogos nas eliminatórias, a Argentina tem 16 gols marcados. Só não é o pior ataque da competição porque a Bolívia fez 14.

Desses o atacantes, o único que fez mais de um gol foi Pratto (dois). Lavezzi e Higuaín anotaram uma vez cada. Messi (quatro) é o artilheiro.

'ENGANCHE'

Os problemas ofensivos esbarram na falta de um meia criativo, o que não impediu a equipe de chegar à final da Copa do Mundo de 2014. Mas isso aconteceu porque Alejandro Sabella mudou o esquema da seleção no meio do torneio e enfatizou a defesa.

"Leo me confessou que nunca correu tanto assim. A perna dele pesava uns 100 quilos", disse o pai do atacante, Jorge Messi, à Folha durante a Copa de 2014.

A Argentina não tem como privilegiar a marcação diante do Equador. Precisa marcar gols. Nas últimas quatro rodadas das eliminatórias, a seleção anotou apenas uma vez, diante da Venezuela, em Buenos Aires. E foi um gol contra, do lateral Feltscher.

Sem companheiros criativos, Messi tem de buscar a bola para criar jogadas e chegar no ataque para finalizar."Estes últimos dez anos [no futebol] foram de Messi. Mas ele precisa ganhar um Mundial", disse o presidente da Fifa, Gianni Infantino.

NA TV
Equador x Argentina
20h30 - SporTV2


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