Folha de S. Paulo


Ex-presidente do COB também é alvo da operação que prendeu Nuzman

Antonio Scorza/AFP
Andre Richer (à esquerda) com o ex-presidente da Fifa João Havelange

As investigações contra o presidente do COB (Comitê Olímpico do Brasil), Carlos Arthur Nuzman, também miram seu antecessor na entidade. Um dos mandados de busca e apreensão expedidos pelo juiz Marcelo Bretas estão ligados a endereços de André Gustavo Richer, vice-presidente da entidade até o ano passado.

Richer presidiu o COB entre 1990 e 1995, quando trocou de posto com o seu então vice-presidente Nuzman. Ele deixou o posto em 2016, após a última eleição na entidade. O mandatário do esporte nacional foi preso nesta quinta-feira (5), sob suspeita de ter comprado votos para a escolha do Rio como sede da Olimpíada de 2016.

Durante a Operação "Unfair Play", há um mês, a Polícia Federal apreendeu um contrato de mútuo (empréstimo) firmado em maio de 2017 entre Richer e Nuzman de R$ 100 mil.

Há ainda um contrato de comodato firmado em que Richer disponibiliza um imóvel em Ipanema para Nuzman por três anos, assinado em abril.

A Procuradoria afirma que "tais contratos causam estranheza, ainda mais diante do contexto de práticas criminosas investigadas envolvendo o COB e seu presidente". O juiz Marcelo Bretas autorizou busca e apreensão em endereços ligados a Richer.

Richer foi atleta de remo, e participou da Olimpíada de Melbourne-56 e dos Jogos Pan-Americanos de Chciago-59. Atua como dirigente esportivo desde 1978, quando chefiou a delegação brasileira na Copa do Mundo da Argentina.


Endereço da página:

Links no texto: