Folha de S. Paulo


Ministério Público do Rio recorre de habeas corpus para Ryan Lochte

O Ministério Público do Rio de Janeiro anunciou, nesta sexta (29), que recorreu do habeas corpus concedido ao nadador americano Ryan Lochte pouco tempo depois da Olimpíada da Rio-2016. O atleta afirmou, durante os Jogos, que foi vítima de um assalto, não comprovado, em um posto de gasolina.

O recurso da Promotoria foi dirigido ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) na última quinta-feira (28).

Durante a disputa da Olimpíada, Lochte disse, após voltar atrasado à Vila Olímpica, que sofreu um assalto à noite em um posto de gasolina. No entanto, segundo imagens de uma câmera de segurança, quatro atletas dos EUA -entre eles o nadador- se envolveram em uma briga no estabelecimento.

A Polícia Civil concluiu que não houve assalto, e os quatro esportistas envolvidos admitiram a farsa. Lochte foi embora do país antes de prestar esclarecimentos às autoridades brasileiras. Nos EUA, ele acabou suspenso de competições por 10 meses.

O MPRJ contesta a decisão da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). O órgão havia afastado o delito de falsa comunicação de crime, pois entendeu que Lochte havia mentido sobre um assalto em uma entrevista à "NBC" e não à polícia.


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