Folha de S. Paulo


Cruzeiro supera Flamengo nos pênaltis e vence Copa do Brasil

Alisson Frazão/Brazil Photo Press/Folhapress
BELO HORIZONTE, MG, 27.09.2017 - CRUZEIRO-FLAMENGO - Murilo do Cruzeiro, durante partida contra o Flamengo em jogo válido pela final da Copa do Brasil 2017, no Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte, nesta quarta-feira 27. (Foto: Alisson Frazão/Brazil Photo Press/Folhapress) ***PARCEIRO FOLHAPRESS - FOTO COM CUSTO EXTRA E CRÉDITOS OBRIGATÓRIOS***
Murilo comemora em lance da final contra o Flamengo que garantiu a conquista da Copa do Brasil

Pela quinta vez na sua história, o Cruzeiro levantou, nesta quarta-feira (27), a taça da Copa do Brasil. Após um empate no tempo regulamentar, 0 a 0, a equipe mineira venceu o Flamengo por 5 a 3 nas cobranças de pênalti no estádio do Mineirão lotado.

O título foi garantido na quinta cobrança cruzeirense, convertida por Thiago Neves.

A igualdade nas duas partidas da final –primeiro jogo terminou 1 a 1 refletiu o equilíbrio dos times, que propuseram estratégias distintas para tentar vencer o torneio que dá direito a uma vaga na Libertadores de 2018.

O Flamengo até começou melhor no Mineirão e ainda contou com a sorte para construir um primeiro tempo superior. O time do Rio teve mais posse de bola e aliou o volume de jogo com infiltrações pelas laterais para levar perigo à meta adversária.

A equipe carioca buscava construir jogadas, contando com o peruano Guerrero como principal referência no ataque. Aos 6 min, ele criou a primeira boa chance da partida em cobrança de falta em que carimbou o travessão. Dez minutos depois, de cabeça, o jogador voltou a assustar o goleiro Fábio.

O Cruzeiro, por sua vez, sofreu um revés logo no início da partida. Perdeu o meia Raniel lesionado aos 4 min da etapa inicial de jogo. Ele chorava muito ao deixar o gramado e foi substituído pelo uruguaio Arrascaeta.

Contra um adversário que trocava passes e insistia em manter a posse de bola, o time mineiro apostou em bolas paradas e contra-ataques. Em um deles, Hudson fez boa jogada e invadiu a grande área do Flamengo. Arrascaeta recebeu a bola de frente para o gol, mas não conseguiu o domínio, desperdiçando uma oportunidade clara.

MURALHA FRÁGIL

Na volta para a etapa complementar, o Cruzeiro buscou trocar mais passes. Até então, o Flamengo predominava, tendo mais da metade da posse de bola no primeiro tempo.

Os cruzamentos do time mineiro miravam a fragilidade de um personagem que atraiu desconfiança da torcida flamenguista antes da final: o goleiro Alex Muralha, que após uma sequência de falhas pela equipe se tornou reserva. Só entrou no segundo jogo da final, pois o titular Thiago fraturou o pulso.

Na primeira etapa, o flamenguista assustou a torcida, quando saiu mal do gol, após cobrança de falta do Cruzeiro. O zagueiro Juan cortou o lançamento, mas a bola quase foi contra a meta do Flamengo.

Faltando 12 minutos para o fim da partida, Muralha falhou novamente e, por pouco, permitiu o primeiro gol da decisão. Os cruzeirenses, porém, não aproveitaram a fragilidade do goleiro rival.

Reprodução/Tv Globo
Cobrança de penalti durante o jogo entre Cruzeiro X Flamengo, pela final da Copa do Brasil
Cobrança de pênalti em que Thiago Neves teria dado dois toques durante o jogo no Mineirão

DOIS TOQUES

Os mineiros tiveram mais competência nos pênaltis. Apesar de converterem todas as cobranças, na última delas o meia Thiago Neves escorregou ao fazer o chute.

Os flamenguistas reclamaram de dois toques na bola com a arbitragem. O juiz Flávio de Oliveira, porém, disse que o lance não foi irregular. Convertida a penalidade final, os cruzeirenses levantaram a taça no Mineirão.


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