Quando entrou em quadra pela primeira vez nesta temporada, Rafael Nadal ocupava a nona posição no ranking mundial, vinha de um 2016 recheado de lesões e parecia fadado a ser coadjuvante diante da concorrência.
Neste domingo (10), com de cerca de 23.700 espectadores no estádio Arthur Ashe, em Nova York, o espanhol provou mais uma vez que todos estavam errados. E que não cansa de se reinventar.
Com um triunfo por 3 sets a 0 contra o sul-africano Kevin Anderson, com parciais de 6/3, 6/3 e 6/4, ele não apenas conquistou seu terceiro título do Aberto dos Estados Unidos e engordou sua conta bancária em mais US$ 3,7 milhões (R$ 11,3 milhões).
"Foram duas semanas especiais", afirmou o campeão, que expressão solidariedade às vítimas do furacão Irma e do terremoto no México.
"Foi um retorno incrível para mim, depois de duas temporadas com lesões. Vencer aqui em Nova York é o máximo. É um dos eventos que mais me dão energia."
Também praticamente se garantiu como número 1 ao final de uma temporada pela quarta vez na carreira.
O ibérico já concluiu o ano no topo da lista de classificação em 2008, 2010 e 2013.
Nadal, 31, aparecerá nesta segunda (11) com quase 2.000 pontos de vantagem em relação ao vice-líder, Roger Federer. Ambos têm poucos pontos a defender até novembro, mas o suíço já afirmou jogar poucos torneios e reduzir a chance de ultrapassar o rival.
Os números ajudam a explicar o quão bem-sucedido foi o espanhol em 2017. Do início desacreditado, ele alcançou a decisão de três Grand Slams.
Foi vice-campeão no Aberto da Austrália ao perder para Federer, conquistou o decacampeonato em Roland Garros –foi o primeiro tenista a erguer dez vezes o troféu de um mesmo Major– e coroou seu renascimento com a taça do Aberto dos EUA.
Ao todo, Nadal ostenta em seu currículo agora 74 títulos, 16 deles em torneios de Grand Slam –os mais importantes do tênis–, quantidade inferior apenas à de Federer (19).
O norte-americano Pete Sampras, terceiro tenista com mais conquistas, soma 14.
Em sua campanha em Nova York, o espanhol perdeu três sets. Na final contra Anderson, para quem nunca havia perdido, nem sequer foi correu risco de ceder outro.
O africano de 31 anos não teve nem uma chance de quebrar o saque de Nadal, que conseguiu neutralizar seu potente saque e dominar o jogo.
Soberano, provou que está entre os melhores não só de hoje, mas de todos os tempos.