Folha de S. Paulo


Palmeiras perde para a Chapecoense no Allianz Parque e revolta torcida

Levi Bianco/Brazil Photo Press/Folhapress
 Palmeiras perde em casa e vê pressão da torcida aumentar
Palmeiras perde em casa e vê pressão da torcida aumentar

Ao som de vaias e protestos da torcida, o Palmeiras amargou sua oitava derrota no campeonato brasileiro neste domingo (20), no Allianz Parque, diante da Chapecoense.

O Verdão queria a vitória para encostar no Santos e aliviar a pressão que o ronda desde que foi eliminado da Libertadores pelo Barcelona de Guayaquil.

Já a equipe catarinense precisava do resultado positivo para não ficar na zona do rebaixamento, após empate do São Paulo com o Avaí, pela 21° rodada do torneio.

O Palmeiras começou a partida pressionando a Chapecoense. Logo no início, o time catarinense falhou na saída, Deyverson desarmou o lateral Reinaldo e chegou a passar pelo goleiro Jandrei, mas a bola saiu pela linha de fundo.

A equipe paulista continuou atacando e obrigou o goleiro da Chape a trabalhar em dois chutes de longe; o primeiro de Michel Bastos, aos 12 minutos e, o segundo, do zagueiro Edu Dracena, aos 21 minutos.

Com dificuldade para entrar na área do adversário, o Palmeiras apostou em jogadas de velocidade nas laterais do campo, com o objetivo de aproveitar a chegada dos meias. A defesa catarinense conseguiu bloquear a maioria das jogadas e, em alguns momentos, contou com a ineficiência do ataque palestrino em dar o passe decisivo.

Durante todo o primeiro tempo, a proposta de jogo do time de Chapecó foi a de explorar os contra-ataques e as bolas paradas. E deu certo.

Em cobrança da falta, Reinaldo alçou a bola na área, e Fabrício Bruno, desmarcado, apareceu para tocar na saída do goleiro Fernando Prass, aos 38 minutos.

O time de Cuca teve 59% de posse de bola na primeira etapa, mas finalizou apenas três vezes, duas a menos que a Chapecoense e foi para o intervalo sob as vaias de uma torcida que iniciara o jogo o apoiando.

Contestado nos últimos dias, o técnico Cuca trouxe duas novidades na escalação com o objetivo de melhorar a performance da equipe: o atacante Willian, que ficou um mês tratando uma lesão no músculo posterior da coxa esquerda e a dupla Guerra e Moisés no meio-campo.

Na segunda etapa, Keno e Tchê Tchê entraram nos lugares de Roger Guedes e Thiago Santos, respectivamente. O Palmeiras manteve o ritmo acelerado com que começou o jogo e chegou a ter uma grande chance de empatar aos 8 minutos com Keno, mas o atacante, que estava de frente para o gol, chutou para fora.

Infelizmente para a torcida presente no Allianz, o alviverde também manteve a pouca efetividade da primeira etapa, com posse de bole acima de 60% e poucos oportunidades criadas.

Apenas nos minutos finais a equipe conseguiu chegar de forma mais contundente. Deyverson quase empatou em escanteio cobrado por Tchê Tchê. Borja, que entrou no lugar de Willian, também desperdiçou uma oportunidade, chutando à esquerda do gol de Jandrei.

No último lance do jogo, em contra-atraque, a Chape enterrou de vez o ímpeto alviverde: Wellington Paulista deixou o atacante Túlio de Melo na cara do gol. Estava decretada a derrota alviverde.

Com a vitória, a Chapecoense se distanciou da zona da degola e devolveu ao São Paulo a 17º posição na tabela. Os palmeirenses permanecem na 4º colocação, mas veem a insatisfação da torcida aumentar.

Após o jogo, na coletiva de imprensa, ao ser perguntado sobre seu futuro no comando da equipe, Cuca respondeu que não irá sair. "Quando eu falei que vou até o fim eu vou até o fim. Vou preparar o trabalho de semana e não tenho mais nada a falar (sobre demissão)."

A próxima partida do Palmeiras será no próximo domingo (27) contra o São Paulo, no Allianz Parque. Já a Chapecoense enfrenta o Corinthians na quarta-feira (23), na Arena Condá, às 19h30.


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