Folha de S. Paulo


Posse de bola no campo de defesa é bobagem, indica pesquisa

Carl Recine 20.ago.2016/Reuters
Britain Soccer Football - Stoke City v Manchester City - Premier League - bet365 Stadium - 20/8/16 Manchester City manager Pep Guardiola before the match Action Images via Reuters / Carl Recine Livepic EDITORIAL USE ONLY. No use with unauthorized audio, video, data, fixture lists, club/league logos or
O técnico Pepe Guardiola, que atualmente dirige o Manchester City, da Inglaterra

Os cientistas que investigam o futebol reforçam a tese defendida por Guardiola e escancarada pelo 7 a 1 da Alemanha contra o Brasil do técnico Felipão na Copa de 14.

Estudo acadêmico que analisou os jogos da fase final da Euro-2016, assinado por Claudio Casal (Universidade Católica de Valência), e colaboradores, indica que existe uma ligação direta entre a posse de bola e o lugar do campo onde ela ocorre.

Descontado o imponderável do futebol e a qualidade dos atletas que fazem o conjunto, ter muito a bola na intermediária adversária, em vez de ficar com ela no meio campo ou na defesa, quase dobra a chance da vitória.

Após a observação dos jogos de mata-mata do segundo campeonato de seleções mais importante do mundo, os pesquisadores conseguiram medir, com testes estatísticos, o que empiricamente até pode ser óbvio.

Um time que quer ser vencedor, mostra o artigo publicado na revista "Frontiers in Psychology", precisa de uma estratégia ofensiva, que alie a posse de bola e presença no campo adversário.

Essa receita, pelo menos na Euro analisada, em que Portugal bateu a França na final, e o País de Gales e a Alemanha caíram nas semifinais, deu quase 45% de chances de vitória aos times que a usaram na prática.

Pelos dados dos pesquisadores, as seleções de mais sucesso na competição tiveram, em geral, maior posse de bola do que o adversário.

Mais do que isso. A bola, dominada, rolou 20% mais do tempo no campo de ataque do que no da defesa.

A eficiência do Corinthians, em breve, terá que ser melhor estudada.


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