Folha de S. Paulo


Vanderlei e Bruno Henrique colocam o Santos nas quartas da Libertadores

Flavio Hopp/Raw Image/Folhapress
Bruno Henrique, do Santos, comemora seu gol - Partida entre Santos e Atlético-PR, válida pela partida de volta das oitavas de final da Libertadores
Bruno Henrique, do Santos, comemora gol sobre o Atlético-PR, na Vila Belmiro

O Santos sofreu por 77 minutos. Foi dominado pelo Atlético-PR, que precisava da vantagem de dois gols para se classificar na Libertadores. Quando a equipe de Levir Culpi era mais pressionada, apareceu Bruno Henrique.

O meia-atacante completou cruzamento de Ricardo Oliveira, decretou a vitória por 1 a 0 e colocou o Santos nas quartas de final do torneio sul-americano.

A equipe brasileira vai enfrentar o Barcelona (EQU) na próxima fase. As datas ainda não foram definidas pela Conmebol.

Até o alívio do gol, a torcida que foi à Vila Belmiro sofreu. E muito.

Não fosse Vanderlei, o Atlético-PR teria construído a vantagem para se classificar ainda no primeiro tempo. No primeiro confronto, em Curitiba, o Santos havia vencido por 3 a 2.

Com os paulistas dormindo em campo, os visitantes tomaram conta do jogo. A não ser por uma finalização de Bruno Henrique de fora da área aos 12 minutos, os donos de casa não fizeram nada.

O Atlético, sim. Ao explorar a velocidade pelas laterais e apertar a marcação quando o adversário tinha a bola, a equipe não deixou o Santos respirar. Passou toda a etapa inicial rondando a área de Vanderlei, que parecia em uma missão: provar que Tite errou ao não convocá-lo para a seleção brasileira que enfrenta Equador (em 31 de agosto) e Colômbia (5 de setembro), pelas eliminatórias.

Além das atuações ruins de seus laterais e da apatia de Lucas Lima, o principal problema santista era não ter saída de bola com a dupla de volantes. Yuri e Alison não conseguiam jogar ou marcar. Aos poucos, os torcedores começaram a mostrar irritação.

Esta teria sido maior se Vanderlei não tivesse protagonizado uma sequência de três defesas para evitar o gol de Paulo André, Fabrício ou Guilherme. Quando o goleiro foi, enfim, superado, Lucas Veríssimo apareceu para desviar em cima da linha arremate de Sidcley.

Para tentar mudar a condição do meio-campo da equipe, Levir Culpi tirou Yuri no intervalo e colocou o meia Jean Mota.

A substituição fez com que o Santos saísse para o ataque. Mas não muito porque o Atlético-PR continuou mandando no jogo e deveria ter aproveitado mais chances para finalizar não fosse a lentidão e falta de confiança do atacante Ribamar.

Os melhores momentos do Santos aconteciam em bolas aéreas na direção de Lucas Veríssimo. Ele ganhava a disputa contra a zaga adversária, sem acertar o alvo.

Os paranaenses faziam de tudo quando chegavam no ataque, menos o gol. Acertaram a trave com Jonathan, Éderson não dominou a bola na pequena área, Nikão chutou para a fora quando estava livre, Guilherme já saía para comemorar quando viu sua finalização raspar a trave esquerda.

O Santos precisou de um ataque para Bruno Henrique definir a classificação. Foi uma formalidade. O Atlético poderia jogar mais duas horas e não faria um gol.


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