Folha de S. Paulo


Polícia Federal vai investigar incêndio no velódromo do Rio

Renata Brito/Associated Press
The charred roof of the velodrome is seen at the Olympic Park, Sunday, July 30, 2017, in Rio de Janeiro, Brazil. The velodrome built for last year's Rio de Janeiro Olympics suffered minor fire damage Sunday when it was struck by a small, hand-made hot-air balloon. (AP Photo/Renata Brito) ORG XMIT: XRB101
Bombeiros demoraram duas horas para controlar as chamas na madrugada deste domingo

A Polícia Federal vai investigar as causas do incêndio que atingiu na madrugada deste domingo (30) o velódromo do Parque Olímpico do Rio, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.

A informação foi confirmada pelo Aglo (Autoridade de Governança do Legado Olímpico), órgão ligado ao Ministério do Esporte, que registrou boletim de ocorrência relatando os danos causados pelo incidente.

O incêndio no velódromo não deixou feridos. O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta 0h30 por moradores da região. Quatro equipes de bombeiros, totalizando 20 homens, trabalharam no combate às chamas que foram controladas duas horas depois.

Na manhã deste domingo, peritos da Polícia Civil do Rio estiveram no local. O resultado da perícia ainda não foi divulgado mas, segundo a Aglo, os agentes concluíram, preliminarmente, que o incêndio teve causa externa.

O maior dano aconteceu na cobertura do velódromo. Segundo Aglo, os danos internos "são decorrentes da queima da cobertura do velódromo e da água utilizada para apagar o incêndio".

As redes hidráulica e elétrica do velódromo não foram afetadas. O sistema de refrigeração, fundamental para manter a temperatura da madeira siberiana da pista de ciclismo, está funcionando.

A Defesa Civil municipal informou que região comprometida pelo fogo "permanecerá parcialmente interditada até que sejam realizados serviços de recuperação".

Em uma rede social online, o ministro dos Esportes Leonardo Picciani (PMDB) creditou as causas do incêndio a um balão que teria caído sobre o local: "além do balão que queimou o velódromo vários outros caíram no parque olímpico", afirmou.

O ministro ainda disse que confia na apuração e punição dos envolvidos na destruição de um bem público. "Após a perícia dos Bombeiros, avaliaremos os danos e medidas a serem adotadas para recuperação desse importante bem nacional".

Segundo ele, o espaço era um legado dos Jogos Olímpicos que estava sendo utilizado por atletas e pela comunidade do Rio.

Em nota, o Ministério do Esporte lamentou o incêndio e criticou "a prática criminosa de soltar balões". "Aguardamos e confiamos na apuração e punição dos envolvidos por destruírem mais do que um bem público, mas um equipamento comum a todos".

VELÓDROMO

O Velódromo custou R$ 138 milhões e foi inaugurado para os Jogos Olímpicos do Rio, no ano passado. O espaço todo coberto possui pista de pinus siberiano, o tipo mais rápido do mundo para as bikes de pistas deslizarem com perfeição.

Apesar de vazio desde então, o Velódromo mantém ligado o sistema de refrigeração para evitar danos na pista de madeira. O Ministério do Esporte estima que o custo com energia deva ser de R$ 3,5 milhões neste ano.

Desde o início de maio deste ano, há treinos às terças, quintas e sábados - entretanto apenas para atletas federados e que tenham feito uma clínica sobre pedalar em velódromos (no valor de R$ 50).

O campeonato de karatê que ocorreria neste domingo (30) no velódromo foi transferido para o próximo domingo (6) para a Arena 1 do Parque.


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