Folha de S. Paulo


Nova geração alemã bate o Chile e leva taça inédita da Copa das Confederações

Martin Meissner/Associated Press
Emre Can, Lars Stindl e Joshua Kimmich comemoram gol da Alemanha sobre o Chile
Emre Can, Lars Stindl e Joshua Kimmich comemoram gol da Alemanha sobre o Chile

Campeã mundial, a Alemanha mostrou na Rússia que tem uma safra com a qual é capaz de se manter muito tempo brigando por títulos. Com uma equipe B e média de idade de apenas 23,9 anos, a seleção ficou pela primeira vez em sua história com o título da Copa das Confederações.

Neste domingo (2), em São Petersburgo, os alemães derrotaram o Chile por 1 a 0 para ficar com a taça.

Lars Stindl foi o autor do gol ainda na primeira etapa. Com isso, chegou a três e fechou a competição como o artilheiro ao lado dos companheiros Timo Werner e Leon Goretzka. A Alemanha acabou com o melhor ataque, 12 gols marcados em cinco partidas.

Já o Chile desperdiça a chance de conquistar o maior título de sua história. Acaba também o domínio sul-americano, jáque o Brasil havia vencido as últimas três edições do torneio, em 2005, 2009 e 2013.

A Alemanha é a terceira seleção europeia a levar a taça. As outras foram a Dinamarca, em 1995, e França, em 2001 e 2003.

O Chile dominou completamente os 19 primeiros minutos de partida e e não permitiu aos alemães passarem do meio de campo. A posse de bola dos sul-americanos chegou a 69%. As chances apareciam ao monte aos chilenos e Ter Stegen tinha trabalho com chutes de fora da área. Em um deles, Sánchez falhou na hora de aproveitar o rebote e tocar para a rede.

Mas tudo mudou no vigésimo minuto. Marcelo Díaz cometeu um erro crasso na saída de bola e a entregou de graça para Timo Werner. O atacante teve calma para só rolar para o lado para o companheiro Lars Stindl que chegou livre para tocar para o gol e abrir o placar.

Após o gol alemão, o panorama mudou por completo. Ainda que o Chile seguisse dominando a posse de bola, a Alemanha era cirúrgica e chegava com precisão.

Foram duas chances claras de ampliar o marcador. Mas na primeira o chute de Goretzka passou raspando a trave. Na segunda, Bravo salvou com a perna.

Na segunda etapa, o Chile já não encontrava mais facilidade para propor o jogo. A Alemanha se fechava e buscava os contra-ataques e erros dos chilenos. A partida passou a ter lances mais duros e faltas.

Em uma delas, o árbitro precisou consultar o monitor após uma entrada de Jara em Werner. Mesmo com o vídeo mostrando uma cotovelada no rosto, ele aplicou somente amarelo no chileno. Isso após quase três minutos de paralisação.

Aos 28, apareceu a melhor chance do Chile até então na segunda etapa. Vargas recebeu na grande área e virou rápido, mas Ter Stegen fez defesa segura.

A partir daí, o Chile se mandou todo para afrente tentando sufocar a Alemanha. Em uma chance clara, aos 39, Sagal mandou por cima do gol.


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