A Fina (Federação Internacional de Natação), em comunicado enviado à nova gestão da CBDA (Confederação Brasileira de Desportes Aquáticos) nesta quinta-feira (29), afirmou que não deve impor uma suspensão ao país. Assim, os nadadores brasileiros vão competir normalmente no Mundial de Budapeste, em julho.
No início do mês, a federação cogitou suspender o Brasil virtude das eleições presidenciais –que foram vencidas por Miguel Cagnoni. Ela afirmou não reconhecer o pleito, que foi organizado por um interventor nomeado pela Justiça comum.
"Por favor, notem que os atletas não serão afetados por qualquer decisão da Fina e serão elegíveis a participar do Campeonato Mundial representando o Brasil", afirmou o diretor-executivo da Fina, Cornel Marculescu, no comunicado ao qual a Folha teve acesso.
Havia risco de os atletas competirem de maneira independente, uma vez que a confederação estivesse suspensa.
Apesar de adotar uma posição mais flexível em relação à CBDA, a Fina fez exigências para reconhecer a nova administração da entidade.
Ela requisitou a realização de um assembleia geral e mudanças no estatuto da confederação brasileira, de acordo com determinações impostas pela federação internacional. Estas modificações devem ser submetidas a análise da Fina.
"Uma vez que tudo isso seja feito, a Fina vai reconhecer a nova administração eleita", complementou Marculescu no comunicado.
O Brasil terá 16 nadadores no Mundial de Budapeste, e também representantes nas outras modalidades aquáticas (nado sincronizado, saltos ornamentais, polo aquático e maratona aquática).
A eleição de Cagnoni foi definida no dia 9 de junho, após muita polêmica envolvendo a CBDA.
O ex-presidente da entidade, Coaracy Nunes, e outros três cartolas foram presos em abril após operação da Polícia Federal. Eles permaneceram detidos em Bangu 8, sob alegação de corrupção e desvio de verbas, até esta semana.
Neste ínterim, a CBDA foi tocada pelo advogado carioca Gustavo Licks, interventor nomeado pela Justiça do Rio para organizar as eleições. O que irritou a Fina foi não participar do processo. Além disso, Nunes é ligado ao comitê executivo da entidade.
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CONFIRA A EQUIPE DO BRASIL NO MUNDIAL
Paulo Campos/Folhapress | ||
Felipe Lima, do Minas Tênis Club, um dos representantes do Brasil no Mundial de Budapeste |
Felipe Lima
100 m peito - 59s32 Terceiro tempo do mundo na temporada
Gabriel Santos
100 m livre - 48s11
Terceiro tempo do mundo na temporada
João Gomes Júnior
100 m peito - 59s41
Quinto tempo do mundo na temporada
Thiago Simon
200 m peito - 2min10s78 (obtida em 2016)
Não está entre os 20 melhores tempos da temporada
Leonardo de Deus
200 m borboleta - 1min54s91
Quarto tempo do mundo na temporada
Marcelo Chierighini
100 m livre - 48s46
Décimo tempo do mundo na temporada
Henrique Martins
100 m borboleta - 51s57
Quarto tempo do mundo na temporada
Guilherme Guido
100 m costas - 53s78
13º tempo do mundo na temporada
Brandonn Almeida
400 m medley - 4min12s49
(obtida em 2016)
Seria sétimo tempo na temporada
Revezamento
4 x 100 m livre
(Gabriel Santos, Marcelo Chierighini, Bruno Fratus, Cesar Cielo)
Os tempos somados das provas individuais põem o Brasil como segundo melhor do mundo no ano
PENDÊNCIA
Vinicius Lanza, do Minas
100 m borboleta - 52s02
O jovem nadador tem o 16º tempo pelo critério técnico, mas a definição sobre sua ida ou não deve ocorrer apenas na quinta-feira (11)
QUEM VAI ENTRAR NO BLOCO DOS EXCEDENTES
Joanna Maranhão
400 medley - 4min38s63
12º tempo na temporada
Bruno Fratus
50 m livre - 21s70
Quarto tempo na temporada
Manuella Lyrio
200 m livre - 1min57s34
15º tempo na temporada
Guilherme Costa
1.500 m livre - 15min06s35
16º tempo na temporada
Etiene Medeiros
50 m livre - 24s73
Oitavo tempo na temporada
Cesar Cielo
50 m livre - 21s79
Sexto tempo na temporada
Nicholas Santos
50 m borboleta - 22s61