Folha de S. Paulo


Bauru tenta contrariar ano de surpresas pelas finais do NBB

Reprodução/Twitter/NBB
Fim de Jogo 1 das #FinaisNBB! Vitória do @BasqPaulistano, por 82 a 78, dentro de casa. Série agora caminha para Bauru!
O Paulistano de Georginho (dir.) e o Bauru de Leo Meindl buscam 1º título do NBB

Os playoffs do NBB 2016/2017 foram marcados por surpresas. Neste sábado (17), contra o desafiador Paulistano, o Bauru tenta encerrar essa série de imprevistos para conquistar seu primeiro título da competição.

A equipe do interior paulista chegou a se ver em uma enrascada ao perder as duas primeiras partidas da série decisiva. Venceu, porém, as duas seguintes e estendeu o duelo até o quinto e último jogo, em Araraquara (SP).

Vice-campeão das últimas duas temporadas, o Bauru não conquista um título nacional desde 2002, quando o principal campeonato do país ainda era organizado pela CBB (Confederação Brasileira de Basquete). À época, contava com o ala-armador Leandrinho em seu elenco.

"É um sonho da cidade ser campeã do NBB. Estão todos envolvidos", disse o pivô Jefferson William, sobre o campeonato inaugurado em 2009. "É o título mais valorizado, para fechar o ano."

O Bauru não tem apenas a chance de fechar a temporada com um triunfo, como também pode encerrar um ciclo vitorioso que enumera dois Campeonatos Paulistas (2013 e 2014), uma Liga Sul-Americana (2014) e uma Liga das Américas (2015).

"Estou na minha segunda final. Para outros, será a terceira já, à espera deste título. É deixar a vida agora", disse o ala Gui Deodato.

Nas duas primeiras séries destes playoffs, o Bauru perdeu o jogo de abertura, mas se recuperou e avançou com três vitórias seguidas. Agora tenta repetir essa história.

"Sabemos que Bauru é favorito, está em um momento melhor e tem um elenco muito forte, mas é só um jogo e tudo pode acontecer. Estamos nos preparando muito bem para corrigir os erros", disse o técnico Gustavo de Conti, do Paulistano.

O time do interior relaciona cinco atletas que já foram campeões do NBB: o armador Gegê (quatro vezes, de 2013 a 2016), o ala-armador Alex (três, de 2010 a 12), o pivô Shilton (duas, 2013 e 14) e o pivô Jefferson e o armador Valtinho (uma cada, respectivamente em 2009 e 2010).

O Paulistano manda à quadra uma base jovem (25,2 anos em média), sem nenhum jogador que tenha no currículo o título nacional.

A equipe da capital usou velocidade e capacidade atlética para chegar à final de um campeonato surpreendente. As quatro melhores equipes da temporada regular não foram nem mesmo à semifinal

Nas últimas duas partidas, contudo, o jogo do Paulistano foi travado pelos bauruenses, mais experientes (30,6 anos em média).

"Não estamos conseguindo jogar em transição porque nossa defesa não está funcionando bem. Com isso, ficamos muito restritos ao perímetro", disse o ala-armador Georginho, cujo time tentou 33 chutes de longa distância e acertou apenas nove.

Para a partida decisiva, a dúvida fica por conta do ala Lucas Dias, seu cestinha, com média de 12,9 pontos por jogo. Ele torceu o tornozelo na quarta partida e será avaliado de última hora.

Esta será a quarta vez que as finais do NBB pedirão um quinto jogo para definir seu campeão, após 2009, 2010 e 2016. Nas três ocasiões anteriores, a equipe com mando de quadra saiu vencedora.

Todos os 4.000 ingressos postos à venda para o quinto jogo foram vendidos.

Ginásio cheio para ver um campeão inédito, independentemente se o experiente Bauru confirmar sua virada ou se o Paulistano aprontar uma última surpresa.


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