Folha de S. Paulo


Melhor do clássico e chateado com a imprensa, Romero sai sem falar

Ricardo Nogueira/Folhapress
SAO PAULO, SP, BRASIL, 07-05-2017, 16h00, CAMPEONATO PAULISTA 2017, CORINTHIANS X PONTE PRETA, ESPORTES: Romero (Corinthians) comemora seu gol durante partida realizada na Arena Corinthians, zona leste da capital. (Foto: Ricardo Nogueira/Folhapress) ***exclusivo Folha***
Artilheiro do Itaquerão, Ángel Romero ainda enfrenta desconfiança pelo Corinthians

Quase todos os jogadores do Corinthians saíram do Itaquerão eufóricos com a vitória no clássico diante do São Paulo. Falaram com os jornalistas e distribuíram elogios ao desempenho da equipe. Todos, menos um. Ángel Romero, melhor em campo, saiu sem falar com a imprensa.

O atacante paraguaio disse estar chateado com as brincadeiras a respeito de sua habilidade. Especialmente um vídeo gravado para a Globo em que foi desafiado a dominar uma bola no peito e controlá-la, e esta escapou.

Romero acredita merecer mais respeito por jogar no Corinthians e pelo futebol que tem apresentado pelo clube e pela seleção paraguaia.

Ele apenas conversou com a assessoria de imprensa do Corinthians. "A arena é praticamente a minha casa. Estou muito feliz aqui e cada vez mais confiante", afirmou.

"Eu já disse mais de uma vez: estou muito satisfeito com o Romero", elogiou o técnico Fabio Carille.

Romero teve descrédito da mesma forma em que o Corinthians esteve desacreditado. No começo do ano, o clube era visto como a quarta força do Estado e seria dirigido por um técnico novato. Depois de conquistar o título Paulista, a equipe lidera o Brasileiro.

"Nossa campanha só surpreende quem está fora", resumiu o zagueiro Paulo Henrique.

Carille constatou que as coisas estão dando tão certo para o Corinthians que até as substituições de emergência funcionam. Maycon, por exemplo, ganhou vaga como titular por entrar no clássico contra o Palmeiras, no Estadual, por causa da morte do pai.

"Não sei se o Maycon hoje seria titular se o Camacho não tivesse tido um problema familiar. As coisas acontecem. Gabriel e Maycon estão jogando muito, chegando para finalizar. Com quatro jogadores atrás, eu não tomo contra-ataque, e isso permite que eles cheguem mais lá na frente", completou o treinador.


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