Russell Westbrook, 28, não foi alvo de disputa do basquete universitário dos EUA em sua época de estudante. Bom aluno, chegou a conseguir bolsa para Stanford, mas não teve como arcar com os custos.
Em 2006, porém, após ingressar na UCLA Bruins, precisou de apenas dois anos para ser contratado pelo Seattle SuperSonics, atual Oklahoma City Thunder, única equipe da NBA que ele defendeu.
Desde sua chegada, em 2008, teve a seu lado Kevin Durant. Neste ano, porém, o ídolo maior da franquia foi para o Golden State Warriors.
Sem o craque, a expectativa recaiu toda sobre o armador, que não veio à Rio-2016 justamente para se preparar para esta temporada.
Embora Westbrook tenha sido eleito a revelação da NBA em seu ano de estreia e seja chamado desde 2010 para o Jogo das Estrelas da liga norte-americana, ficou sempre com Durant o papel de protagonista em quadra.
Na apresentação dos times para a temporada 2016-2017, o site da NBA endossou tal responsabilidade de Westbrook: "capaz de aguentar a carga, e pode não ter outra escolha".
Pouco mais de um mês depois, no entanto, ele mostrou mais do que isso. Nos últimos seis jogos, anotou seis triplos-duplos (chegou a dois dígitos em três estatísticas diferentes na mesma partida).
Nesta sexta-feira (9), contra o Houston Rockets, às 23h (com transmissão da ESPN), ele pode chegar ao sétimo consecutivo e igualar as marcas de Michael Jordan e Oscar Robertson, dois dos principais nomes da história da liga, além de manter viva a chance de bater Wilt Chamberlain como o maior de todos os tempos nesse quesito.
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Nesta temporada, dos 23 triplos-duplos já conquistados -considerando todos os jogadores da liga- 11 foram de Westbrook, marca que lhe rendeu o apelido "máquina de triplos-duplos", dado pelo "The New York Times".
Entre os atletas em atividade, Westbrook já é o líder em triplos-duplos na carreira, com 48. É dele também o segundo triplo-duplo mais rápido da história, alcançado após 17 minutos de jogo contra os Lakers, em maio.
Com este desempenho, é possível imaginar até que ele possa fazer o que só Oscar Robertson fez nos 70 anos de história da liga.
Na temporada 1961/62, Robertson terminou com um triplo-duplo na média de suas estatísticas (30,8 pontos; 12,5 rebotes e 11,4 assistências).
Ainda falta 75% do campeonato, mas, por enquanto, Westbrook tem média de 31 pontos, 11,3 assistências e 10,9 rebotes por jogo.
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POR QUE NÃO NA MODA?
Fora das quadras, Westbrook é conhecido por ser um cara de família, por gostar de moda -tem uma linha própria de produtos na luxuosa Barneys, em Nova York, e, dizem, não repete roupas- e por fazer caridade. Em 2012, fundou a Why Not? Foundation, focada em educação infantil e em inspirar crianças a questionarem "por que não?" (lema de vida do armador) diante de dificuldades.
Em outubro deste ano, ele recebeu um prêmio da NBA por seus programas de assistência comunitária. Em novembro, mesmo sem ser natural de Oklahoma, virou cidadão honorário da cidade.
Já parte da história da NBA, ainda lhe falta, porém, um título na liga. "Sozinho", a missão é quase impossível, mas Westbrook vem mostrando que seus limites ainda não são totalmente conhecidos.