Folha de S. Paulo


Piloto de voo da Chapecoense relatou falta de combustível, diz testemunha

Um copiloto da empresa Avianca, que estava em uma rota próxima à do avião da Chapecoense, afirmou ter escutado um diálogo entre o piloto da aeronave que caiu e a torre de controle do aeroporto colombiano de Rionegro em que o comandante do voo relata problemas de combustível. As informações são da imprensa colombiana.

Juan Sebastián Upegui disse que, enquanto uma aeronave da empresa Viva Colômbia estava pousando, escutou um áudio do piloto do voo da LaMia para a torre de controle: "Solicitamos prioridade para aterrissar, temos problemas de combustível". Segundo Upegui, no entanto, ele não se declarou em emergência.

tragédia

Em seguida, de acordo com o tripulante da Avianca, a controladora de voo do aeroporto de Rionegro disse ao piloto da LaMia: "Temos um problema, um avião está aterrissando em emergência".

Logo depois, a torre de Rionegro pediu ao voo da Avianca que virasse à esquerda. Neste momento, Upegui afirma que o Avro RJ85, da LaMia, passou por eles em alta velocidade.

"Quando ele [piloto da LaMia] iniciou a descida, declarou-se em emergência. Começou a dizer que tinha falha elétrica total e pediu vetores [rota mais rápida para aterrissar] para proceder [a descida]. Ajuda, vetores para alcançar a pista, repetiu", disse o copiloto da Avianca.

Gilma Úsuga, diretora de comunicações da Avianca, afirmou ao jornal "El Tiempo" que a companhia não iria comentar o relato por se tratar de um áudio pessoal, e não corporativo. Segundo o jornal colombiano, Upegui será ouvido pelas autoridades que investigam a tragédia.

O acidente com Avro RJ85 deixou 71 pessoas mortas, incluindo 19 jogadores do Chapecoense e 20 jornalistas.

Tragédia com voo do Chapecoense


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