Folha de S. Paulo


CBF perde quinto patrocinador desde início de escândalo de corrupção

A Samsung rompeu o contrato de patrocínio com a CBF. A empresa de tecnologia alega uma revisão de sua estratégia de patrocínio.

De acordo com processo aberto na 4ª Vara Cível da Barra da Tijuca, a Samsung negocia o pagamento de uma dívida de cerca de US$ 20 milhões (R$ 68 milhões) com a confederação.

Parte dessa dívida (cerca de US$ 8 milhões com o câmbio de R$ 2,50) seria depositada na conta da entidade nesta quinta (17).

Pelo contrato assinado em 2013, a empresa pagaria cerca de US$ 6 milhões (R$ 20 milhões) por ano.

A CBF vive a maior crise da sua história após o início das investigações que atingiram tanto a confederação brasileira quanto a Conmebol e a Fifa.

Desde que a primeira operação do FBI foi deflagrada, a entidade já perdeu outros quatro apoiadores —Gillette, Sadia, Michelin e Unimed.

Neste período, a Ultrafarma e a Cimed estabeleceram parceria com a CBF.

Em dezembro, a Justiça dos Estados Unidos indiciou Marco Polo Del Nero, presidente da entidade, e Ricardo Teixeira, ex-chefe da confederação por mais de duas décadas.

Eles foram acusados de formação de quadrilha e também de estabelecerem laços com empresas de marketing para recebimento de dinheiro indevido.

Em maio do ano passado, José Maria Marin foi preso na Suíça acusado dos mesmos crimes. Atualmente, ele cumpre prisão domiciliar nos EUA.

Já Del Nero e Teixeira nunca mais viajaram para o exterior temendo ser presos.

Atualmente, a CBF conta com dez patrocinadores. Deste grupo, apenas a Nike estampa a sua marca na camisa da seleção. Há dois anos, a entidade contava com 14 parceiros.

O contrato da Samsung com a CBF teria validade de cinco anos.

A empresa já teve o seu nome retirado do site da entidade e do painel utilizado durante entrevistas dos jogadores da seleção em Lima.

Na quarta (16), o time comandado por Tite venceu o Peru, por 2 a 0, no Estádio Nacional de Lima, e se isolou na liderança das eliminatórias da Copa do Mundo da Rússia.

O time soma 27 pontos, quatro a mais que o Uruguai, o segundo colocado.


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