Folha de S. Paulo


Grêmio perde mando de campo na final por invasão de Carol Portaluppi

Lucas Uebel/Grêmio FBPA/Divulgação
Carol Portaluppi comemora dentro de campo com seu pai, Renato Gaúcho, a vitória do Grêmio
Carol Portaluppi comemora dentro de campo com seu pai, Renato Gaúcho, a vitória do Grêmio

O Grêmio perdeu o mando de campo da final da Copa do Brasil, contra o Atlético-MG, no dia 30 de novembro. Nesta quarta-feira (16), a 4ª Comissão Disciplinar do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) puniu o time gaúcho por conta da invasão de campo de Carol Portaluppi, na final da partida contra o Cruzeiro.

A notícia foi confirmada pelo presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior, ao UOL, empresa do Grupo Folha, que edita a Folha. O mandatário, porém, pediu para não se manifestar sobre o caso por enquanto. "Preciso me acalmar antes disso. Não vou falar agora", resumiu o mandatário. "Mas aconteceu, eles julgaram lá", completou.

"Não creio que haja punição semelhante na história do futebol. Sempre levando-se em conta situações pessoais. Falaram que o Grêmio tinha chamado, que era uma questão midiática, que a Carol e seu pai queriam se promover.... Essas coisas não procedem. Quero tranquilizar a torcida do Grêmio, todos têm o seu dia infeliz, hoje foi o dia infeliz da Comissão (Disciplinar). Não há precedentes de uma punição como esta. Hoje vivemos coisas muito mais sérias em campo. Agressões, violência. E uma questão como esta que pode ser julgada tranquilamente, tomou uma proporção que não se refere ao ocorrido", disse o vice-presidente jurídico do Grêmio, Nestor Hein, à Rádio Gaúcha.

Carol foi ao banco de reservas gremista nos momentos finais do confronto contra o Cruzeiro, em jogo de volta das semifinais. Chamada pelo pai, Renato Gaúcho, a jovem aguardou o fim da partida e entrou em campo na comemoração dos jogadores.

O departamento jurídico do Grêmio irá recorrer ao Pleno do STJD e pode alterar a decisão preliminar. O jogo da final marcado para Porto Alegre ocorrerá no dia 30 deste mês. A administração da Arena do Grêmio, inclusive, já preparava uma grande festa para a decisão.

"Não chegamos a cogitar de como ocorreria esta consumação da punição. Pensamos muito em reverter e temos amplas condições de fazer isso. É uma decisão absurda e extremada. Vamos procurar resolver isso, e se não resolvermos partiremos para uma outra estratégia. No momento o que se vislumbra é o efeito suspensivo", acrescentou Hein.

Pelo ocorrido, Renato adotou tom de brincadeira e chegou a afirmar que Carol 'iria pagar' a eventual multa aplicada ao Tricolor. O departamento jurídico do clube mesmo não acreditava em punição com perda de mando de campo.


Endereço da página:

Links no texto: