Gustavo Kuerten se pronunciou nesta sexta-feira (28) sobre o julgamento por sonegação fiscal que está em curso no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais). O ex-tenista foi autuado pela Receita Federal em mais de R$ 5 milhões e recorreu ao órgão do Ministério da Fazenda por considerar a punição injusta.
Na terça-feira (25), Guga esteve no Carf, em Brasília, e chegou a chorar durante a audiência. A Receita sustenta que o catarinense deixou de pagar imposto de renda sobre rendimentos com patrocínios e torneios de 1999 a 2002, usando a empresa Guga Kuerten Participações para declarar como pessoa jurídica ganhos que deveriam ser declarados como pessoa física.
"Todos os meus impostos, tanto na pessoa física, quanto na jurídica, foram pagos", afirmou Guga durante um evento em um clube de Florianópolis. "Sobre todas as premiações dos torneios da ATP, no Brasil e no exterior, durante a minha carreira inteira, paguei os devidos impostos na pessoa física. O que está sendo discutido são os contratos de marca e imagem que foram pagos pela pessoa jurídica, entre 1999 e 2002, e a Receita quer reclassificar para pagamento na pessoa física."
Segundo Guga, o uso da empresa para declarar rendimentos obtidos com a exploração de sua imagem é legítimo, pois trata-se de atividade que requer uma estrutura empresarial para ser bem desenvolvida.
O julgamento do caso do tricampeão de Roland Garros foi suspenso por causa de um pedido de vista e deverá ser retomado no próximo mês.