Folha de S. Paulo


STJD proíbe organizadas do Corinthians e fecha setor do Itaquerão

Reprodução/Esporte Interativo
Policia Militar faz revista e reconhecimento de torcedores do Corinthians que estariam envolvidos em confusão no MaracanãAntes do jogo contra o Flamengo, houve enfrentamento com policiais e torcedores rubro-negros
Polícia Militar faz revista e reconhecimento de torcedores do Corinthians no Maracanã

O presidente do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol), Ronaldo Botelho Piacente, concedeu liminar na noite de segunda (24) proibindo a entrada dos integrantes das torcidas organizadas do Corinthians nos jogos do clube. Ele também determinou o fechamento do setor norte do Itaquerão.

A liminar será válida até o julgamento na Comissão Disciplinar da punição imposta ao Corinthians pela briga de integrantes das suas organizadas com policiais militares antes do início da partida de domingo (23) no Maracanã.

A sessão ainda não tem data definida, mas deverá acontecer na próxima semana. O pedido de liminar foi feito pela procuradoria do órgão.

No domingo, 64 integrantes de organizadas do Corinthians foram detidos pela confusão. Em campo, o time do Parque São Jorge empatou com o Flamengo, por 2 a 2, na reabertura do Maracanã.

Nesta terça (25), os 31 torcedores, que ainda permanecem presos, vão participar de uma audiência de custódia no Tribunal de Justiça do Rio.

Eles foram autuados no domingo em flagrante pelos crimes de lesão corporal, dano qualificado, resistência qualificada, promover tumulto em eventos esportivos e associação criminosa.

Desde então, o grupo está detido na Cidade da Polícia, na zona norte do Rio.

Na audiência desta terça, um juiz vai apreciar a situação de cada um no Plantão Judiciário. Eles poderão ser liberados ou transferidos para um presídio na cidade. Mesmo assim, todos serão investigados por inquérito policial.

Ainda no domingo, 22 foram liberados. Nesta segunda, outros 11 corintianos deixaram a Cidade da Polícia, mas foram autuados pelo crime de promover tumulto em eventos esportivos. A pena máxima prevista para o caso é de dois anos.

Em nota, o Flamengo apoiou a atuação dos policiais do Gepe (Grupamento Especial de Policiamento em Estádios) da PM do Rio. A diretoria do clube carioca diz que os militares "foram covardemente agredidos por marginais que não deveriam nem ser chamados de 'torcedores do Corinthians' nas arquibancadas do Maracanã pouco antes do início do jogo". "A estes profissionais, nosso sincero respeito e solidariedade'', acrescentou.

No domingo, o Corinthians emitiu uma nota acusando de "covarde" a atitude da polícia do Rio.

Nesta segunda, o comandante do Gepe, major Sílvio Luiz, afirmou que a "Policia Militar atuou de forma técnica".

"Já é praxe mantermos a torcida do time visitante dentro do estádio enquanto ocorre o escoamento dos torcedores do clube local. Neste momento, a Polícia Militar aproveitou para através das imagens que foram colhidas, identificar os agressores ao policiamento e todos os envolvidos na confusão", afirmou o major.

O Flamengo foi denunciado no mesmo artigo e pode ficar sem torcida organizada no restante do Campeonato Brasileiro. Mesmo assim, a liminar desta segunda não puniu o time do Rio. Os torcedores do Flamengo tentaram entrar em confronto com os corintianos durante a confusão.

O clube carioca também foi denunciado por objetos atirados pelos seus torcedores no gramado durante o jogo.

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