Folha de S. Paulo


Mandantes levam vantagem mínima para jogos de volta

Rubens Cavallari/Folhapress
SAO PAULO, SP, BRASIL. 28-09-2016. 22h55min42s. Corinthians e Cruzeiro pela partida de ida das quartas de finais da Copa do Brasil 2016 na Arena Corinthians. Comemoração de Marquinhos Gabriel no gol contra de Leo do Cruzeiro. (foto: Rubens Cavallari/Folhapress, VENCER, **** EDICAO NORMAL****). ***EXCLUSIVO AGORA***EMBARGADA PARA VEICULOS ON LINE***UOL E FOLHA.COM E FOLHAPRESS CONSULTAR FOTOGRAFIA DO AGORA SÃO PAULO***f: 3224-2169, 3224-3342. *filename:_AV_0318.JPG* (TRAX NUMBER: 00136177A) ORG XMIT: _AV_0318.JPG
Jogadores do Corinthians comemoram o primeiro gol marcado na vitória sobre o Cruzeiro

Os primeiros confrontos das quartas de final da Copa do Brasil mostraram que nenhuma equipe poderá poupar jogadores nas partidas de volta do torneio para se concentrar no Brasileiro.

Todos os jogos terminaram com vitória do mandante por apenas um gol de diferença. O que deixou os confrontos em aberto para os duelos de volta, no dia 19 de outubro.

O único mandante que não sofreu gols e leva ligeira vantagem –número de gols como visitante é critério de desempate– foi o Atlético-MG. Diante do Juventude, clube da Série C do Brasileiro, o time de Minas Gerais fez 1 a 0 com gol de Lucas Pratto. Para avançar à semifinal da Copa do Brasil, o Atlético pode jogar por qualquer empate que ainda assim avança para a semifinal.

Já o Santos, que teve um duelo teoricamente mais fácil na quarta, por enfrentar um Internacional sem oito titulares e em crise devido à péssima campanha no Brasileiro –está na zona de rebaixamento–, não conseguiu se impor na Vila Belmiro e abrir uma grande vantagem. A vitória por 2 a 1 ainda deixa Dorival Júnior com dúvidas sobre uma escalação completa no jogo de volta.

Na quarta posição do Nacional, os santistas são seguidos de perto pelo Fluminense, quinto colocado e dois pontos atrás do rival. Uma vitória mais elástica sobre os gaúchos poderia fazer o treinador poupar jogadores para o duelo decisivo, o que talvez não seja possível.

RETA FINAL

Quando a Copa do Brasil retornar, mais quatro rodadas do Brasileiro já terão sido disputadas e a escolha sobre poupar atletas pode ser mais complicada. Decisão que o interino Fábio Carille terá de tomar no Corinthians. Após abrir dois gols de vantagem em Itaquera, com gol contra de Léo e um de Romero, Robinho diminuiu para o Cruzeiro e esfriou a vantagem adquirida.

"Temos de continuar assim, mas esse gol [do Cruzeiro] a gente não merecia. Precisamos ter atenção os 90 minutos. Fizemos uma baita partida e temos de ressaltar isso. Estamos no caminho certo", afirmou Marquinhos Gabriel à Rádio Globo.

A vitória por 2 a 1 foi a segunda de Carille no comando do Corinthians. No Brasileiro, porém, o treinador ainda não venceu. O resultado positivo desta quarta pode dar um ânimo para o time se recuperar na competição de pontos corridos e retornar ao grupo que se classifica à Libertadores.

Com 41 pontos, quatro a menos que Santos, primeiro time do G4, os corintianos estão na sétima colocação e ainda sonham com a vaga através do Brasileiro. Dependendo do que acontecer nas próximas quatro rodadas, a prioridade da equipe pode se tornar a Copa do Brasil.

Além da conquista levar a equipe à competição continental, também salvaria um ano turbulento no clube. Saídas de técnicos e jogadores, protestos dos torcedores e dívidas do estádio marcaram o ano corintiano.

Quem teve muito a comemorar foi Romero. Com o gol anotado nesta noite, o paraguaio se tornou o maior artilheiro do Itaquerão ao lado de Guerrero, hoje no Flamengo. Ambos têm 15 gols.

Único paulista que jogou fora de casa, o Palmeiras perdeu para o Grêmio por 2 a 1, mas poderia ter saído de Porto Alegre quase eliminado do torneio. A equipe gaúcha poderia construir uma goleada, mas desperdiçou muitas chances de gol.

Ainda vivo na competição, os palmeirenses voltam suas atenções para o Brasileiro, que lidera com 54 pontos, seguido pelos flamenguistas, com 53. A depender do que acontecer até o retorno, o time pode abrir mão da Copa.


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