Folha de S. Paulo


Arthur Zanetti mudará série nas argolas para não 'viciar' árbitros

O ciclo que culminará nos Jogos de Tóquio-2020 verá um Arthur Zanetti renovado principalmente na parte mais visível ao público: sua série nas argolas.

O ginasta e o técnico Marcos Goto já definiram que vão mudar a apresentação, que é praticamente a mesma há oito anos.

A ideia é reformular elementos e, a depender da execução, incluir o movimento que leva seu nome, homologado pela federação internacional da modalidade em 2013 e cuja característica é aplicação de força extrema.

Segundo o treinador, o objetivo é aumentar a nota de partida: da 16.800 atual para 17.000.

"O Arthur precisa de uma atualização, e a nota de partida tem de aumentar. Uma das melhorias que penso é na saída [do aparelho]", afirma.

Zanetti aponta outro motivo, digamos, menos elegante para justificar a mudança. Ele acredita que a falta de inovação pode ser prejudicial no julgamento dos árbitros.

"Às vezes, o juiz fica viciado de tanto ver uma mesma série e dá descontos sem nem ver o elemento. Quero dar uma cara nova, apresentá-la em 2017 para em 2018 começar o ano com essa série", diz o ginasta, para quem a mudança não será drástica.

A bem da verdade, Goto e Zanetti queriam apresentar movimentos novos já na Olimpíada do Rio, mas não tiveram tempo de aprimorá-los para o evento.

A opção, então, foi apostar na confiança quanto à série que lhe havia assegurado medalhas de ouro em Londres-2012, no Mundial da Antuérpia-2013 e no Pan de Toronto-2015.

A viabilidade das novas alterações também vai depender das modificações que serão promovidas pela federação internacional em seu novo código de pontuação. Ele determina quanto vale cada movimento nos aparelhos.

A expectativa é que uma versão final seja anunciada em fevereiro. "É preciso ver o que compensa fazer", comenta Goto.


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