Folha de S. Paulo


Ex-nadador, Havelange trocou piscinas pelos gramados em busca de poder

João Havelange, morto nesta terça-feira (16) aos 100 anos no Rio de Janeiro, foi o dirigente mais famoso e poderoso da história do futebol. Mas conseguiu alcançar o posto graças a outros esportes.

Ainda na adolescência, trocou os gramados pela piscina. Participou de torneios de natação e polo aquático pelo Fluminense, clube do qual era associado. Jogou também futebol pela agremiação das Laranjeiras, onde foi campeão carioca juvenil em 1931.

Chegou a pensar em tentar a carreira profissional, mas o pai o convenceu a desistir da ideia.

Foi à Olimpíada de Berlim, em 1936, como nadador, e competiu no polo aquático dos Jogos de Helsinque-1952.

Não conquistou medalhas, mas a experiência e os contatos lhe abriram portas para entrar na política esportiva. Nos Jogos Pan-americanos, foi bronze no polo aquático em 1955.

No ano seguinte, chefiou a delegação do Brasil na Olimpíada de Melbourne. Entrou na CBD (Confederação Brasileira de Desportos) no mesmo ano. Tornou-se o cartola mais importante do país.

"Foi por causa da natação que me tornei dirigente. Morava em São Paulo e me tornei presidente da Federação Metropolitana de Natação", explicou.

Foi o primeiro passo para chegar à CBD, que, na década de 1950, administrava 24 modalidades. Entre elas, o futebol.

Seus anos como esportista continuaram lhe rendendo homenagens nos últimos anos. Em 2008, o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) o premiou com o troféu Adhemar Ferreira da Silva por ter participado de Jogos Olímpicos em esportes diferentes.

Cronologia - Havelange


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