Folha de S. Paulo


Em revanche contra Kerber, Serena está entre recorde e frustração

Adrian Dennis/AFP
A combination of pictures created on July 8, 2016 shows Germany's Angelique Kerber (L) celebrating during her women's singles quarter-final match at the 2016 Wimbledon Championships in London on July 5, 2016 and US player Serena Williams (R) celebrating her women's singles second round victory at the Championships at The All England Lawn Tennis Club in Wimbledon on July 1, 2016. Kerber and Williams face each other in the women's singles final on July 9, 2016. / AFP PHOTO / ADRIAN DENNIS AND GLYN KIRK
Kerber (esq.) e Serena Williams (dir.) fazem final de Wibledon

Alcançar um dos principais recordes do tênis ou emplacar uma sequência negativa que não se via há quatro anos. Serena Williams, 34, terminará sua campanha em Wimbledon, na manhã deste sábado (9), tendo cumprido um dos dois roteiros.

Se vencer a alemã Angelique Kerber, 28, em partida marcada para as 10h (com SporTV 3 e ESPN), ela chegará ao seu 22º título de Grand Slam (os quatro mais importantes), igualando a marca da alemã Steffi Graf, recordista do quesito na era profissional (desde 1968).

A líder do ranking mundial persegue esse feito desde o Aberto dos EUA de 2015, quando caiu de forma surpreendente para a italiana Roberta Vinci na semifinal. Antes, havia vencido os outros três Slams do ano.

Em 2016, perdeu as duas finais até agora: para Kerber, no Aberto da Austrália, e contra a espanhola Garbiñe Muguruza, em Roland Garros. Se amargar um novo vice-campeonato, Serena não será a atual detentora de nenhum dos quatro principais troféus do tênis.

A última vez que a americana teve uma sequência negativa como essa foi entre 2010 e 2012, quando passou em branco em sete Slams seguidos.

Dona de seis títulos na grama inglesa, ela chega como favorita novamente, mas Kerber, quarta colocada do ranking, é uma das tenistas com mais possibilidades de desafiá-la.

A alemã ainda não perdeu sets nesta edição de Wimbledon –a rival teve um revés– e já mostrou que possui armas para se defender com eficiência contra o jogo agressivo de Serena.

A rápida quadra de grama, porém, tende a favorecer o saque potente da melhor tenista do mundo e dificultar os contra-ataques de Kerber. Foi com eles e cometendo poucos erros que ela triunfou em Melbourne.

As finalistas dizem estar calmas e confiantes para a partida, que promete ser uma batalha de nervos. "Acho que agora estou um pouco mais relaxada do que lá [na Austrália]", afirmou a alemã. A americana seguiu a mesma linha: "É muito difícil me derrubar mentalmente".

Pelo recorde que Serena pode alcançar, ou pela conquista inédita do torneio mais tradicional do tênis para Kerber, é difícil acreditar que elas não estejam blefando.


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