Folha de S. Paulo


Contratação de atacante motivou desligamento de diretor do São Paulo

Erico Leonan/ saopaulofc.net
O ex-diretor de futebol do São Paulo, Luiz Cunha, no dia de sua apresentação no clube
O ex-diretor de futebol do São Paulo, Luiz Cunha, no dia de sua apresentação no clube

A contratação do atacante Cueva foi o principal motivo para o pedido de desligamento do diretor de futebol do clube Luis Cunha, nesta terça-feira (7).

"A gota d'água foi a contratação de um jogador que não conheço. Eu tive que pesquisar para saber se havia alguma coisa e fiquei sabendo. Eu havia pedido para parar essa negociação, pois a prioridade número um era a contratação do Maicon", afirmou à Folha.

Cueva foi anunciado pelo clube na quinta-feira (2) e custou aproximadamente R$ 9 milhões de aos cofres são-paulinos. O atacante da seleção peruana que foi contratado junto ao Toluca (MEX) não poderá jogar a reta final da Libertadores pois já jogou a competição pelo clube mexicano.

O São Paulo também tenta manter o zagueiro Maicon para a disputa das semifinais da Libertadores, contra o Atlético Nacional (COL), nos dias 6 e 13 de julho. O zagueiro é jogador do Porto e tem contrato de empréstimo com o São Paulo somente até o dia 30 de junho.

O atacante Cueva grava vídeo para se apresentar ao torcedor são paulino

A Folha apurou que Cunha não via necessidade na contratação de um atacante pois acreditava que o clube poderia utilizar jogadores da base. O ex-diretor chegou ao cargo depois de um período como diretor de futebol amador, ou seja, era responsável pelas categorias de base do clube.

"Me sinto aliviado", disse o ex-dirigente. "Eu estava em um conflito interno muito grande, tentando fazer uma coisa que não conseguia. O futebol no São Paulo é arcaico; não é integrado. Não há integração da base com o profissional, integração com o departamento financeiro", completou.

"O problema é estrutural. O São Paulo precisa modernizar a gestão do futebol".

Cunha, havia assumido o cargo de diretor de futebol há pouco mais de dois meses, em março, após Ataíde Gil Guerreiro, então vice-presidente de futebol, ser deslocado para o departamento de relações institucionais devido ao desgaste que vinha sofrendo por causa dos maus resultados do clube dentro de campo.

Cunha tornou-se diretor de futebol em março, após Ataíde Gil Guerreiro, então vice-presidente de futebol, ser deslocado para o departamento de relações institucionais devido ao desgaste que vinha sofrendo por causa dos maus resultados do clube dentro de campo.

Para o presidente do clube, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, Cunha foi essencial para o São Paulo se reencontrar com as vitórias.

"O Luiz [Cunha] foi de enorme valia nessa reconstrução que estamos realizando desde que assumimos a presidência, e somos todos muito gratos a ele por isso. Desejo que ele siga tendo muito sucesso em seus desafios, porque sucesso é uma palavra que já está incorporada à sua biografia", afirmou Leco ao site do clube.

O São Paulo ainda não anunciou o substituto do dirigente.


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