Folha de S. Paulo


Bauza admite início ruim, mas valoriza reação de seus jogadores

A classificação para as semifinais da Libertadores da América foi bem mais dramática do que Edgardo Bauza esperava, mas ele valorizou bastante a capacidade de reação da equipe na partida contra o Atlético-MG, após um começo de jogo muito ruim.

Segundo o treinador argentino, o maior mérito de seu time na derrota por 2 a 1 para a equipe mineira foi ter mantido a cabeça no lugar depois de levar dois gols nos primeiros minutos da etapa inicial.

Bauza armou sua equipe para não ser sufocada pelo Atlético em Belo Horizonte, mas claramente o plano deu errado no início da partida. Ele admite que o gol de Maicon, pouco depois do segundo tento mineiro, foi um golpe de sorte fundamental.

"Começamos muito mal, a equipe demorou 15 minutos para se encontrar em campo. Por sorte, fizemos o gol e, a partir dali, começou outra partida, pois as duas equipes passaram a ter oportunidades de gol", comentou o treinador no início da madrugada desta quinta-feira (19), em Belo Horizonte.

Ele também não gostou de ver o sufoco que seu time levou nos minutos finais, mas valorizou o esforço de seus jogadores. "O Atlético nos pressionou muito nos 15 minutos finais, ficou perto de nossa área, e disso eu não gostei, mas o importante é que nunca perdemos a ordem."

O técnico do São Paulo fez questão de ressaltar a evolução da equipe ao longo da Libertadores, depois de um péssimo início de competição. Ele diz que o time atualmente em nada lembra aquele que foi derrotado pelo The Strongest, da Bolívia, no Pacaembu, na primeira rodada da fase de grupos.

"São quatro meses de muito trabalho, muita dedicação, e um desejo dos atletas de chegarmos aqui. Se você perguntar a cada um dos jogadores, eles sabem o que têm de fazer. Isso me deixa muito tranquilo."

O goleiro Denis, que não mostrou muita segurança durante a partida, mostrou-se bastante aliviado com a classificação. Para ele, a conquista da vaga nas semifinais da Libertadores alivia a pressão sobre a equipe tricolor e sobre ele mesmo, que carrega o peso de substituir o ídolo Rogério Ceni.

"Posso falar que é um peso que não consigo nem falar quanto. Sai das costas da equipe também", comentou o goleiro. "Eu sabia que este ano seria muito difícil. Estou substituindo um grande ídolo, com a história e os títulos que ele conseguiu. Fico feliz em ter conseguido segurar a pressão."


Endereço da página:

Links no texto: