A Fifa anunciou nesta sexta-feira (13) a senegalesa Fatma Samba Diouf Samoura, 54, como secretária-geral. Ela será a primeira mulher na história a ocupar este cargo na entidade.
A senegalesa vai substituir o francês Jérôme Valcke, acusado de corrupção e que foi afastado da entidade em setembro de 2015 –o alemão Markus Kattner ocupava o cargo de forma interina desde então.
A função é uma das mais importantes da Fifa. Era Valcke, por exemplo, que cuidava da preparação da Copa do Mundo de 2014, no Brasil.
"Fatma é uma mulher com experiência internacional e visão de quem trabalhou em alguns dos problemas mais difíceis do nosso tempo. Ela tem a capacidade comprovada de construir e liderar equipes e melhorar o modo de performance das organizações", disse o presidente da Fifa, Gianni Infantino, nesta sexta, durante um congresso no México.
"Importante para a Fifa, ela também entende que a transparência e a responsabilidade são o coração de qualquer bem administrado e organização responsável", afirmou o dirigente.
Com mestrado em inglês e espanhol na Universidade de Lyon, na França, e pós-mestrado em relações internacionais e comércio exterior no Institut d'Etudes Supérieures Spécialisées, em Estrasburgo, também na França, Fatma trabalha em programas da ONU (Organização das Nações Unidas) desde 1995.
Em sua ocupação atual, lida com tarefas como orçamento e recursos humanos. Ela coordena atividades de cerca de 2.000 funcionários e monitora e avalia segurança, situação política e sócio-econômica e tendências na Nigéria.
Antes da ONU, ela trabalhou por oito anos em uma indústria química no Senegal. As suas áreas de responsabilidade incluíam exportação de produtos, importação de programas e o estabelecimento de uma rede de distribuição nacional.
"Hoje é um lindo dia para mim. Estou honrada em ser a secretária-geral da Fifa. Eu acredito que esse cargo é um lugar perfeito para as minhas habilidades e experiência, que vou usar para ajudar no crescimento do futebol por todo o mundo", disse Fatma.
Desde que começou a trabalhar na ONU como gestora de logística do Programa Mundial de Alimentação, em 1995, em Roma, Fatma passou por seis países da África: Djibouti, Camarões, Chade, Guiné, Madagascar e Nigéria. Ela fala francês (sua língua materna), inglês, espanhol e italiano.
"Estou ansiosa por trazer minha experiência em governança para dar um suporte no trabalho de reforma que já está em andamento. Fifa está tomando uma nova abordagem em seu trabalho", afirmou.
Conforme estabelece o estatuto da Fifa, Fatma vai passar por teste de elegibilidade, que é coordenado por um comitê independente. Se for aprovada, ela assumirá o posto de secretária-geral em junho deste ano.