Folha de S. Paulo


Por dívida de R$ 81 mi, Santos tem premiação e bilheteria bloqueadas

Robson Ventura/Folhapress
SAO PAULO, SP, 06/09/2014 BRASIL 20:10:01 Campeonato Brasileiro 2014. Jogo Santos X Vitoria, no estadio do Pacaembu.Leandro Damiao comemora o terceiro gol do Santos Foto: Robson Ventura/ Folhapress. EMBARGADA PARA VEICULOS ONLINE *** UOL E FOLHA.COM E FOLHAPRESS CONSULTAR FOTOGRAFIA DO AGORA *** FONES 32242169 3224 3342 ***
Leandro Damião comemora gol pelo Santos em setembro de 2014

A Justiça de São Paulo determinou que a renda obtida pelo Santos na decisão do Campeonato Paulista, na Vila Belmiro, no domingo (8), seja depositada em juízo.

A ação é refente a uma dívida de mais de R$ 81 milhões (o valor inicial era R$ 74 milhões, mas foi corrigido) que o clube possui com o grupo de investidores maltês Doyen Sports relacionada à negociação que levou Leandro Damião ao Santos em 2013.

A decisão expedida na quarta-feira (4) afirma que CBF, FPF (Federação Paulista de Futebol) e BWA Administração de Arenas Ltda. (empresa parceira do clube na administração do estádio) terão que efetuar o depósito de "todos os valores que porventura se destinem ao executado, até o limite do crédito da exequente".

As verbas de premiação também ficarão bloqueadas. Em caso de título paulista, o Santos embolsaria R$ 4 milhões da FPF. Com o vice, o clube teria direito a R$ 1,5 milhão.

O pedido da Doyen de barrar também os valores de direitos de transmissão não foi atendido pela Justiça.

CASO DAMIÃO

O montante de mais de R$ 81 milhões é referente ao empréstimo dos investidores, que desembolsaram 13 milhões de euros para tirar o centroavante do Internacional e colocá-lo no Santos em dezembro de 2013.

Como Damião conseguiu liberação do Santos no início deste ano e se tornou um jogador livre pela Fifa, o clube é obrigado a pagar à Doyen o valor mínimo investido por eles na transação.

Em fevereiro, o atacante se transferiu para o Real Betis, da Espanha.

Santos e Doyen ainda brigam na Justiça em relação às transferências de Felipe Anderson para a Europa e de Geuvânio para o futebol chinês. O presidente Modesto Roma ignora todos os acordos firmados entre a antiga diretoria e o grupo maltês.


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