A queda nas oitavas de final da Libertadores tornou mais evidentes dois desafios para o Corinthians: a lacuna que existe na liderança do elenco e o buraco que ficou com a saída do meia Renato Augusto.
Pela primeira vez, a comissão técnica cogita repensar o sistema 4-1-4-1, preferido do técnico Tite desde seu retorno ao clube.
Isso não significa, no entanto, que haverá alteração tática imediata na equipe.
A reformulação que se iniciou após o desmanche do fim do ano passado, com a saída de importantes jogadores da campanha do hexacampeonato brasileiro, ainda não deu conta de preencher as duas vagas abertas.
Guilherme, Giovanni Augusto e Rodriguinho atuaram para desempenhar a função de Renato Augusto, mas nenhum deles correspondeu à altura até o momento.
Segundo a comissão técnica corintiana, não se trata de achar alguém que tenha exatamente as mesmas características que o meia da seleção brasileira, mas sim um atleta que se encaixe e faça a equipe se movimentar com as duas linhas de quatro e os dois homens solitários no meio e no ataque.
A avaliação da comissão e da direção é que, embora o roteiro deste início de ano tenha sido muito parecido com o de 2015, com eliminações no Paulista e no torneio sul-americano nas mesmas fases, há relevantes diferenças, como o menor entrosamento do atual elenco em comparação ao time que perdeu a Libertadores para o Guaraní (PAR).
LIDERANÇA
As saídas de jogadores desde o ano passado deixaram um vácuo em relação à liderança. Antes, o Corinthians tinha Fábio Santos, depois Renato Augusto, Jadson e até Vagner Love. Agora não há quem desempenhe o mesmo papel.
Elias e Cassio são os principais nomes para preencher o espaço de líderes, mas até agora não deram conta.
Tite e seus auxiliares entendem que as lideranças são construídas e que aparecerão naturalmente, mas não deixa de ser uma preocupação.
A avaliação interna é que, inclusive fora de campo, falta entrosamento no grupo.
O time volta a treinar nesta sexta (6). O próximo jogo será contra o Grêmio, no dia 15 de maio, já pelo Brasileiro.
CANDIDATOS A SUBSTITUIR RENATO AUGUSTO
PVC comenta como cada um se saiu até agora
Rodriguinho - O meio-campista olha o campo para a frente e para trás. Mas não tem o mesmo talento de Renato Augusto, nem o de Guilherme
Guilherme - No Atlético-MG era meia, mas sua "visão de raio-x", a que Tite se referiu, era do meio para a frente. Renato Augusto radiografava o campo inteiro
Giovanni Augusto - Virou o substituto de Jadson aos olhos de Tite e é o titular pelo lado direito. Mas não é o armador, o cara que deixa o atacante na cara do gol