Folha de S. Paulo


Para técnico do Audax, assédio a atletas 'tira brilho do campeonato'

Em meio a negociações de atletas do Audax com outros times para o resto da temporada, o técnico Fernando Diniz disse que o assédio a eles poderia ter sido evitado.

Segundo o treinador, esses episódios recentes tiram o brilho da competição.

Na última semana, dirigentes do time de Osasco foram surpreendidos pelas notícias.

Além do meia Tchê Tchê, acertado com o Palmeiras, Bruno Paulo e Camacho estão muito próximos de acertar com Corinthians.

Como todos estão com seus contratos perto do fim (válidos até 18 de maio), as negociações ocorreram entre empresários e os interessados, sem passar pelo Audax.

"Eu acho que [o assédio] poderia ser evitado", disse Diniz, sem contudo deixar claro a quem se referia: dirigentes dos clubes, empresários ou jogadores.

"Não chega a ser desrespeito. Sobre o Corinthians eu não sei de nada. Se chegaram a fazer contato com os jogadores diretamente, eu acho que poderia ser evitado. Poderia esperar o fim do campeonato. Isso tira o brilho do campeonato. Vários times me procuraram para falar de jogadores, mas foram discretos".

Antes de a partida começar em Osasco, neste domingo, o presidente do Santos, Modesto Roma Jr., foi perguntado sobre algum interesse do time dele em jogadores do adversário da final.

Respondeu que não comentaria o assunto por respeito ao rival, já que o campeonato ainda não terminou.

Apesar de toda a situação embaraçosa, Diniz afirmou que está tudo sob controle e que o clima entre os jogadores continua bom.

Até agora não houve nenhum anuncio oficial sobre as contratações dos jogadores citados acima.

CONTRATOS

Dos 11 jogadores que mais tem jogado no Audax, nove deles ficarão sem contrato após o fim do Estadual, mesma situação do treinador.

A diretoria teve de se mexer para resolver a situação de três atletas, com acordos de improviso, já que o vínculo terminava em 30 de abril. Caso do atacante Mike, autor do gol deste domingo, e do goleiro Sidão.

Os contratos mais longos são do meia Yuri e do zagueiro André Castro. O primeiro fica até 30 de abril do ano que vem, enquanto o segundo está assinado até dezembro também do ano que vem.

Como a direção não se programou considerando a possibilidade de o time chegar à final do Paulista, nem tampouco jogar a Série D do Campeonato Brasileiro, não houve preocupação para que os acordos fossem mais longos.

Depois, porém, ficou impossível controlar a situação.


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